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Pesquisadores de Israel desenvolvem ferramenta de computador para estudar os Manuscritos do Mar Morto

O técnico de imagem e operador de câmera Shay Halevy mostra na tela fragmentos de um manuscrito recém-descoberto pelo pesquisador Oren Abelman, da Autoridade de Antiguidades de Israel, na “Caverna 11” perto de Qumran, no departamento da IAA no Museu de Israel, em Jerusalém, em 2 de maio de 2018. (Foto: Hadas Parush/Flash90)

Pesquisadores Israelenses da Faculdade de Ciências da Universidade de Tel Aviv desenvolveram uma ferramenta de computador que pode facilitar o complexo estudo dos antigos Manuscritos do Mar Morto. Os manuscritos, com 2.000 anos de idade, foram escritos em Hebraico e descobertos por acaso em 1947, em cavernas próximas ao Mar Morto.

“Os estudiosos vêm estudando os Manuscritos do Mar Morto há 70 anos”, disse o Prof. Nachum Dershowitz, um dos pesquisadores por trás da nova ferramenta computadorizada, em entrevista ao The Times of Israel.

“Um dos grandes desafios ainda não resolvidos tem sido comparar e combinar caligrafias em diferentes fragmentos ou pergaminhos. Essa continua sendo uma das grandes questões da matéria”, ele explicou.

O aplicativo computadorizado inovador integra imagens multiespectrais com métodos convencionais de visão computacional. Este sistema de ponta foi projetado para facilitar uma análise mais precisa de textos antigos e a comparação de caligrafias. Embora ainda esteja em sua fase inicial de desenvolvimento, os pesquisadores estão otimistas de que a tecnologia acabará por melhorar a compreensão dos Manuscritos do Mar Morto.

Especialistas estimam que os manuscritos constituem milhares de fragmentos de cerca de 950 manuscritos diferentes, que são cuidadosamente protegidos pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA). Devido à sua fragilidade, os pesquisadores têm acesso limitado aos artefatos antigos.

“Na década de 1950, um fotógrafo habilidoso do Museu Rockefeller, onde os pergaminhos eram mantidos na época, documentou-os extensivamente”, revelou Dershowitz. “Nos últimos anos, a Autoridade de Antiguidades de Israel também tem fotografado os pergaminhos.”

Para preservar os artefatos antigos, a IAA utiliza atualmente imagens multiespectrais, que revelam detalhes em vários comprimentos de onda de luz. Esses minúsculos detalhes são invisíveis a olho nu, mas a tecnologia computadorizada pode mapear e medir o que é capturado.

“Os conservadores colocam cada fragmento em uma bandeja de pedra preta e o fotografam”, explicou Dershowitz. “A imagem mostra não apenas o fragmento, mas também o fundo, uma régua de medição, uma etiqueta e, se o pergaminho estiver em más condições, tiras de papel de arroz Japonês que o mantêm unido.”

Dershowitz e seu assistente Kurar-Barakat decidiram desenvolver uma ferramenta de computador que se concentra tanto no pergaminho quanto na escrita em cada fragmento.

“As imagens multiespectrais revelam mais do que apenas a cor”, disse Dershowitz. “A luz reflete de maneira diferente dependendo do material – tinta, pergaminho, fundo – e o computador pode usar esses reflexos, em vez apenas da cor, para identificar cada elemento.”

Ele revelou que o projeto já foi testado com sucesso em cerca de 20 fragmentos antigos.

“Vai levar tempo”, disse Dershowitz. “Com os Manuscritos do Mar Morto, mesmo ler apenas mais uma letra já é bom.”

Os Manuscritos do Mar Morto estão envoltos em mistério desde sua descoberta em 1947. Estudiosos dataram os textos Hebraicos antigos entre o século IV e o século II a.C. No entanto, uma nova tecnologia baseada em IA indicou em junho que os Manuscritos do Mar Morto podem ser ainda mais antigos.

No mês passado, arqueólogos Israelenses da Universidade de Tel Aviv e da Universidade Ariel descobriram uma inscrição Aramaica antiga “extremamente rara” em uma caverna do Mar Morto.

“Esta inscrição é extremamente rara”, afirmou o Dr. Asaf Gayer, do Departamento de Estudos da Terra de Israel e Arqueologia da Universidade Ariel, em declaração ao The Times of Israel.

“Materiais escritos desse período são, em geral, muito raros. É claro que existem os Manuscritos do Mar Morto, mas, além deles, a maioria das inscrições que temos se resume a um único nome ou palavra. Temos apenas um outro local no Deserto da Judéia com algumas pichações onde podemos realmente ler algum conteúdo. Uma inscrição de quatro linhas com conteúdo é algo quase inédito”, ele acrescentou.

The All Israel News Staff is a team of journalists in Israel.

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