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A ciência confirma: o Shabbat faz bem ao cérebro

Uma família judia ortodoxa faz um piquenique no Teddy Park, com a Torre de David ao fundo, perto da Cidade Velha, em um dia quente de verão em Jerusalém — 9 de junho de 2015. Foto: Hadas Parush / Flash90

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Para quem acredita que a Bíblia foi inspirada por Deus, o fato de que a ciência, muitas vezes, acaba corroborando as afirmações bíblicas não é nenhuma surpresa. Agora, uma pesquisa neurocientífica publicada em agosto mostrou que tirar um dia de descanso por semana traz grandes benefícios para a saúde mental.

A BioMed Central (BMC) conduziu um estudo de saúde pública investigando “se o estilo de vida religioso judaico, particularmente a observância do Shabbat, afeta os padrões habituais de sono-vigília na idade adulta tardia.”

Após avaliar 473 adultos israelenses entre maio de 2022 e fevereiro de 2023, os pesquisadores descobriram que guardar o sábado (Shabbat, em hebraico) contribuía para um sono melhor e menos fadiga durante a semana, além de uma melhora geral da saúde mental — independentemente da observância religiosa.

O descanso, o sono e a conexão com outras pessoas resultam em um sistema imunológico fortalecido, melhor qualidade do sono e emoções mais reguladas, relata o YNet. A mente e o corpo iniciam um processo de cura quando têm a chance de recarregar as energias. Não fomos projetados para estar em movimento 24 horas por dia, 7 dias por semana, com os nosso cérebro em constante atividade. A prática de guardar o Shabbat sinaliza ao corpo que ele pode parar e entrar no “modo de restauração”. 

Com o advento da internet, nós nos tornamos constantemente acessíveis, muitas vezes pulando de uma tela para outra, sem nunca nos desligarmos por completo. Isso tem um impacto prejudicial no corpo e na mente, enquanto lutamos para manter o ritmo alucinante da vida moderna. São necessários sinais constantes para que o corpo entre em um estado relaxante de recuperação, e uma pausa total de 24 horas tem um efeito profundo.

Os rituais específicos do Judaísmo não são necessários para se desfrutar dos benefícios neurológicos de um descanso sabático. No entanto, descobriu-se que se conectar com a família e a comunidade, bem como ter um senso de propósito, também traz uma série de benefícios concretos para a saúde, de acordo com o YNet.

Na Bíblia, o Shabbat ocorre no final da semana e vem como parte da ordem estabelecida, funcionando como um botão de reset antes do início de uma nova semana. O mandamento dado no Sinai de não se fazer nenhum trabalho resulta em tempo improdutivo, que é essencial para a renovação física e para a restauração mental. O Shabbat proporciona uma oportunidade inestimável e um tempo sereno para nos reconectarmos com nós mesmos, com nossos entes queridos e com Deus, abrindo, assim, um espaço para reflexão. 

Deus ordenou ao Seu povo que “guardasse as ferramentas” no Shabbat, e é geralmente em um estado de descanso que a nossa mente se rejuvenesce, tornando-se um terreno mais fértil para a criatividade. Se estivermos em constante atividade, o nosso cérebro se torna mais suscetível à ansiedade e ao estresse, e o nosso sistema nervoso acaba se esgotando. 

Quando marcamos o início de um tempo específico de descanso, com um ritual, a mente e o corpo reconhecem o sinal para descansar. Na tradição judaica, o Shabbat começa no entardecer de sexta-feira, com o acender das velas e com uma refeição em família. 

Charlie Kirk, assassinado em 12 de setembro, era amigo de Dennis Prager, apresentador de talk show e escritor judeu. “Ele sempre falava sobre o Shabbat”, explicou Kirk. “Após alguns anos ouvindo isso, eu percebi que estava ficando com muita inveja dele, pensando: “Espere aí, você consegue simplesmente se desligar por um dia inteiro, não trabalhar e ficar com os seus amigos e familiares e adorar a Deus? Eu quero isso!”

Ele começou a desligar os seus aparelhos e a se concentrar em relaxar com a família todas as semanas, reservando um tempo adequado para descansar em meio ao puxado itinerário. Depois de ver o impacto positivo em sua vida, ele quis incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo. Antes de sua morte, Kirk escreveu um livro sobre o assunto, intitulado “Stop, in the Name of God: Why Honoring the Sabbath Will Transform Your Life [Pare, em nome de Deus: Por Que honrar o Shabbat Transformará a Sua Vida]”, o que já foi publicado desde então.

Agora, a neurociência confirmou que, seja você judeu, cristão ou secular, observar o descanso do Shabbat é uma prática que vale a pena manter. 

Jo Elizabeth has a great interest in politics and cultural developments, studying Social Policy for her first degree and gaining a Masters in Jewish Philosophy from Haifa University, but she loves to write about the Bible and its primary subject, the God of Israel. As a writer, Jo spends her time between the UK and Jerusalem, Israel.

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