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Homem sírio-britânico, Jihad al-Shamie, identificado como o terrorista da sinagoga de Manchester

Rabino-chefe britânico: “O dia que esperávamos nunca ver, mas sabíamos que chegaria”

Policiais tomam notas durante o segundo dia do ataque terrorista à sinagoga de Manchester, no Heaton Park Shul, Manchester, Reino Unido — em 3 de outubro de 2025. (Foto de Mark Cosgrove / News Images via Reuters)

O terrorista que assassinou duas pessoas e feriu gravemente outras quatro, que estavam rezando na sinagoga de Manchester, na Inglaterra, em Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, foi identificado como um cidadão britânico de origem síria.

Ele foi identificado como Jihad al-Shamie, segundo as autoridades britânicas, as quais afirmaram que o dispositivo explosivo que ele parecia estar usando “não era viável.”

Al-Shamie atropelou, com seu carro, uma multidão de judeus do lado de fora da Heaton Park Hebrew Congregation Synagogue [Sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton Park], em Manchester, na manhã de quinta-feira, antes de esfaquear várias outras pessoas.

Jihad al-Shamie (Foto: Captura de tela)

Adrian Daulby (53) e Melvin Cravitz (66) foram identificados como as vítimas do ataque.

Imagens de vídeo feitas por transeuntes mostraram policiais confrontando al-Shamie do lado de fora da sinagoga, onde ele parecia ter vários dispositivos amarrados à cintura. Os policiais, então, atiraram nele e evacuaram a área por medo de uma possível explosão.

De acordo com relatos da mídia, al-Shamie não estava no radar do programa antiterrorismo britânico, que monitora indivíduos com risco de radicalização.

Além do agressor, outros dois homens de, aproximadamente, 30 anos e uma mulher de, aproximadamente, 60, foram “presos sob suspeita de encomendar, preparar e instigar atos de terrorismo”, anunciou a polícia.

O Canal 12, de Israel, informou que as autoridades de segurança do país acreditam que o ataque terrorista pode estar relacionado aos esforços do Hamas para incitar e orquestrar ataques na Europa.

“Este é o dia que esperávamos nunca ver, mas que, no fundo, sabíamos que chegaria”, escreveu o rabino-chefe britânico Sir Ephraim Mirvis, no 𝕏, após o ataque.

“Por muito tempo, testemunhamos uma onda implacável de ódio aos judeus em nossas ruas, universidades, mídias sociais e outros lugares — este é o resultado trágico. Não se trata apenas de um ataque à comunidade judaica, mas um ataque aos próprios fundamentos da humanidade e aos valores de compaixão, dignidade e respeito que todos nós compartilhamos”, disse ele.

“Que a memória das vítimas seja uma bênção, e que os feridos tenham uma rápida recuperação”, escreveu Mirvis. “Oro para que esta tragédia fortaleça a nossa determinação coletiva de enfrentar o antissemitismo, em todas as suas formas, de uma vez por todas.”

Mais tarde na quinta-feira, o primeiro-ministro Keir Starmer e sua esposa Victoria, que é judia, fizeram um breve discurso em uma sinagoga de Londres.

“Hoje cedo, em Yom Kippur, o dia mais sagrado para a comunidade judaica, uma pessoa abjeta cometeu um ataque terrorista que acometeu judeus por serem judeus e acometeu a Grã-Bretanha pelos nossos valores”, disse Starmer.

“Embora esse ódio não seja novo, é algo com que os judeus sempre conviveram. Precisamos ser claros: é um ódio que está ressurgindo, e a Grã-Bretanha precisa derrotá-lo mais uma vez.”

A nova ministra do Interior do Reino Unido, Shabana Mahmood, prometeu que o governo intensificará os esforços para combater o antissemitismo.

“Vamos redobrar os nossos esforços”, disse Mahmood à Times Radio. “É claro que, agora, vamos revisar todo o trabalho que fazemos para combater o antissemitismo.”

O ataque também foi condenado pelo enviado da Autoridade Palestina ao Reino Unido, Husam Zomlot, que escreveu no 𝕏: “Ninguém deveria se sentir inseguro em sua casa ou em seu local de culto.”

“Meus mais profundos pêsames às vítimas e famílias do hediondo ataque de hoje em Manchester. A violência contra civis deve ser condenada sem hesitação ou exceção. Permanecemos firmes na defesa do Estado de Direito em todos os lugares, rejeitando a desumanização e afirmando a igualdade humana de todos”, acrescentou.

Em entrevista ao The Guardian, Rob Kanter, que estava na sinagoga no momento do ataque, relatou os momentos angustiantes.

“Já tínhamos nos certificado de que as portas e janelas estavam fechadas”, disse Kanter. Depois de ouvirem tiros, Kanter disse que a polícia entrou na sinagoga para escoltar as pessoas até um local seguro. Ele ressaltou que sua primeira reação ao ouvir os tiros foi: “Como será que manteremos a todos em segurança?”

“Eu diria que o clima entre nós estava muito calmo, e cada um lida com essas coisas à sua maneira”, continuou Kanter. “Algumas pessoas superam isso em silêncio, outras gostam de conversar, algumas até tentam usar o humor para se manterem firmes.”

The All Israel News Staff is a team of journalists in Israel.

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