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EAU devem desempenhar papel crucial na reconstrução e governança de Gaza após a guerra

O ministro das Relações Exteriores dos EAU, xeque Abdullah bin Zayed, reúne-se com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, nos bastidores da Assembleia Geral da ONU em Nova York, em 26 de setembro de 2025. (Foto: Ministério das Relações Exteriores dos EAU)

O ministro das Relações Exteriores dos EAU, xeque Abdullah bin Zayed, reúne-se com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, nos bastidores da Assembleia Geral da ONU em Nova York, em 26 de setembro de 2025. (Foto: Ministério das Relações Exteriores dos EAU)

O vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, xeque Abdullah bin Zayed Al Nahyan, reuniu-se com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Nova York na sexta-feira, onde reiterou a “necessidade urgente” de um cessar-fogo em Gaza, rejeitando os apelos dos membros da coalizão pela anexação dos territórios palestinos na Judeia e Samaria (Cisjordânia).

De acordo com a agência de notícias emiradense WAM, bin Zayed “enfatizou a necessidade urgente de acabar com o sangrento conflito em Gaza, alcançar um cessar-fogo permanente e sustentável, evitar futuras mortes e dar um fim à crise e às condições trágicas enfrentadas pelos civis na Faixa de Gaza.” 

Ele disse que era necessário “garantir a entrega desimpedida e sustentável de ajuda humanitária” a Gaza e “reiterou o compromisso inabalável dos EAU com iniciativas que visam alcançar uma paz abrangente com base na solução de dois Estados”. 

A reunião entre os dois líderes ocorreu nos bastidores da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), em Nova York, onde Netanyahu fez um discurso na sexta-feira. Apesar das tentativas de países hostis a Israel de organizar uma saída em massa durante o seu discurso, a delegação dos EAU permaneceu no salão como uma demonstração de apoio aos Acordos de Abraão — assinados entre as duas nações durante o primeiro mandato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump —, bem como aos contínuos esforços diplomáticos para resolver o conflito israelo-palestino.

De acordo com a agência de notícias emiradense, The National [A Nacional], bin Zayed também discutiu a recente proposta decisiva de Trump para acabar com a guerra em Gaza, libertar os reféns e começar a reabilitar o enclave devastado pela guerra. Essa proposta também tem como objetivo preparar o caminho para um Estado palestino, mas não inclui o reconhecimento dos EUA de tal Estado no momento.

O xeque Abdullah bin Zayed também reiterou o apoio dos EAU a uma solução de dois Estados, alertando contra as sugestões de se anexar territórios na Judeia e Samaria, algo que os Emirados já haviam previamente advertido se tratar de uma linha vermelha que traria consequências para os Acordos de Abraão.

No início de setembro, a ministra adjunta de Assuntos Políticos dos EAU, Lana Nusseibeh, alertou que a anexação seria “uma linha vermelha”.

“O futuro da Palestina continua sendo a pedra angular de um futuro pacífico para o Oriente Médio”, disse Nusseibeh. “A anexação de terras palestinas por Israel, se levada adiante, não apenas fecharia as portas para a paz e a integração, mas trairia o próprio espírito dos Acordos de Abraão. Para os EAU, essa não é uma questão apenas política. É uma questão de princípio e uma questão de paz para nossa região. É também uma linha vermelha.” 

Após a reunião entre Netanyahu e bin Zayed, Anwar Gargash, conselheiro diplomático do presidente emiradense, escreveu no 𝕏 que as conversas foram “um passo ousado que visa apoiar os esforços internacionais para acabar com a guerra em Gaza.”

“Assim como a posição dos EAU foi decisiva para encerrar o caso da anexação de terras palestinas por Israel”, escreveu Gargash, “a reunião desta noite entre o xeque Abdullah bin Zayed e o primeiro-ministro israelense, em Nova York, é um passo ousado que visa apoiar os esforços internacionais para acabar com a guerra em Gaza e alcançar um cessar-fogo permanente que ponha fim à tragédia humanitária e fortaleça o caminho para a paz.” 

Os EAU têm sido um importante fornecedor de ajuda humanitária à Faixa de Gaza desde o início da guerra e, de acordo com relatos da mídia israelense, o governo espera que os Emirados desempenhem um papel importante na reconstrução e administração do território assim que as hostilidades terminarem.

Entretanto, como Netanyahu expressou em seu discurso na sexta-feira, a maioria dos políticos israelenses continua fortemente contrária a um Estado palestino, vendo-o como uma ameaça direta à segurança de Israel, além de uma recompensa pela estratégia terrorista do Hamas.

The All Israel News Staff is a team of journalists in Israel.

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