Militantes do Hamas executam habitantes de Gaza suspeitos de colaborar com Israel (Foto: Redes sociais)
A organização terrorista Hamas, que ainda controla mais de 20% da Faixa de Gaza, foi filmada realizando uma execução pública de três homens acusados de serem “colaboradores” de Israel e da milícia Abu Shabab, a qual se fundou no território de Rafah com o apoio de Israel.
Imagens de vídeo da execução, cumprida no centro da Cidade de Gaza, onde as Forças de Defesa de Israel ainda não entraram, circularam amplamente em canais do Telegram afiliados ao Hamas e em outras plataformas de mídia social, poucas horas antes do reconhecimento oficial de um Estado Palestino pela Austrália e pelo Reino Unido.
No vídeo, os três homens são forçados a ajoelhar-se no chão com as mãos atadas atrás das costas e com os olhos vendados, enquanto as acusações contra eles estavam sendo lidas em voz alta por um membro da unidade “Sahem” (Flecha) do Hamas.
Nadav Eyal on X @Nadav_Eyal - Unidade "Sahem" do Hamas esta noite, segundos antes de executar Palestinos em Gaza suspeitos de colaboração - sem julgamento, apenas multidões aplaudindo. O Reino Unido, a Austrália, o Canadá e outros falam de uma solução de dois Estados, enquanto um movimento armado, fundamentalista e assassino continua sendo a força política mais popular entre os Palestinos. O que é necessário é um trabalho real para resolver isso, para que os Palestinos possam realmente exercer seu direito à autodeterminação nacional. Isso não será alcançado por meio de discursos elaborados para consumo interno.
Eles estão cercados por homens armados e mascarados do Hamas, enquanto uma multidão de pessoas aplaude e pode até ser vista filmando o evento com celulares e câmeras.
Muitos na multidão entoam slogans do Hamas ou gritam “Alá Akbar” durante a leitura e o disparo.
Após o disparo, os combatentes podem ser vistos deixando um papel sobre os corpos dos homens, onde se lê: “A todos os mercenários da ocupação e colaboradores – chegou a hora de cortar suas cabeças”.
Israel News Pulse on X @israelnewspulse - A unidade Sahem do Hamas está prestes a realizar uma execução na Cidade de Gaza neste exato momento, atirando à queima-roupa em três moradores de Gaza acusados de serem associados a Yasser Abu Shabab e colaboradores de Israel. Uma multidão se reuniu ao redor deles, aplaudindo o Hamas, com muitos filmando o evento.
A execução ocorre no momento em que as Forças de Defesa de Israel (IDF) enviam um terceiro grupo, a 36ª Divisão, para a Cidade de Gaza, a fim de se preparar para tomar o reduto dos batalhões remanescentes do Hamas. Até agora, as IDF raramente operaram na Cidade de Gaza, por preocupação com os reféns que se acredita estarem sendo mantidos lá.
Tanto o Hamas quanto a Jihad Islâmica Palestina (PIJ) afirmam ter entrado em confronto com grupos de colaboradores de Israel na semana passada, chegando a noticiar que alguns membros da milícia foram mortos ou feridos. O Hamas também afirmou que vários “colaboradores” se entregaram às forças de segurança do Hamas, pedindo “reintegração na sociedade”.
Os líderes do Canadá, Grã-Bretanha e Austrália afirmam que o reconhecimento de um estado Palestino não é uma recompensa para o Hamas, mas o grupo terrorista afirmou o contrário em suas declarações oficiais.
O Primeiro-Ministro Australiano, Anthony Albanese, disse que o reconhecimento tem como objetivo “avançar”, no entanto, líderes Israelenses e ex-reféns declararam que a medida é uma postura política que acabará por recompensar o grupo terrorista.
Em um comunicado, o Hamas disse que os reconhecimentos são “um passo importante para afirmar o direito do povo Palestino à sua terra e locais sagrados, e para fundar um estado Palestino independente com Jerusalém como capital. Isso é uma homenagem à luta, à perseverança e aos sacrifícios do nosso povo no caminho para a libertação e o retorno”.
O Hamas também prometeu continuar a luta, tendo afirmado anteriormente que não tem interesse inerente em uma solução de dois estados, mas aceitaria tal movimento — com o acordo das outras facções Palestinas — como um momento intermediário para conquistar toda a terra.
Os líderes do Hamas também solicitaram à comunidade internacional que isole Israel e adote medidas punitivas contra o Estado Judaico.
Ao mesmo tempo, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram na noite de domingo que, segundo suas estimativas, aproximadamente 550.000 residentes Palestinos da cidade já evacuaram a área antes da intensificação do conflito.
No domingo à noite, o porta-voz das FDI, brigadeiro-general Effie Defrin, afirmou: “O Hamas mostrou ao mundo sua verdadeira estratégia: explorar seu próprio povo e prolongar esta guerra. Essa estratégia não terá sucesso. Não temos outra escolha a não ser lutar pelo nosso futuro. Nossas forças estão trabalhando dia e noite, revirando cada pedra, para trazer nossos reféns de volta para casa, remover as redes terroristas do Hamas e garantir uma região mais segura para todos”.
Na segunda-feira, o Hamas publicou uma foto do refém Alon Ohel, tirada de um vídeo, em que se pode ver sob a mira de uma arma. O texto no vídeo diz “em breve”, aparentemente ameaçando eliminar Ohel.
Hamas Atrocities on X @HamasAtrocities - O Hamas acaba de publicar esta imagem de um refém mantido sob a mira de uma arma. O texto diz: "em breve..." Senhoras e senhores! Aqui está seu estado palestino!
Os pais de Alon, Idit e Kobi, disseram na noite de segunda-feira que o vídeo os deixou “tremendo e com dor”.
Ao mesmo tempo, o Hamas teria passado uma mensagem ao Presidente dos EUA, Donald Trump, declarando disposição para libertar metade dos reféns Israelenses restantes em troca de um cessar-fogo de 60 dias. De acordo com a Fox News, a carta do Hamas será entregue ao Presidente Trump ainda esta semana.
