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Espetáculo do outono em Israel: migração em massa de aves coincide com o Rosh Hashaná

Águia-abelheira-Europeia (Foto: Ran Silberman)

Quando celebramos o Rosh Hashaná na Terra de Israel, o forte calor do verão finalmente diminui e os dias se tornam mais agradáveis.

Um dos sinais mais notáveis do outono em Israel é a migração em massa das aves. O país forma uma ponte natural para várias rotas migratórias importantes que conectam a Europa e a Ásia à África. No outono, as aves se deslocam para o sul; na primavera, elas retornam ao norte.

Cada espécie tem uma janela de migração precisa e uma rota fixa. A temporada de Rosh Hashaná, que ocorre entre o final de setembro e o início de outubro, coincide com o pico desse movimento.

A Bíblia também faz referência à migração das aves e sua notável precisão. Jeremias usa isso como uma metáfora para a fidelidade, contrastando-a com a infidelidade do povo:

“Até a cegonha no céu conhece as estações que lhe são determinadas, e a pomba, a andorinha e o tordo observam a época de sua migração. Mas o meu povo certamente não conhece as ordenanças do Senhor.” (Jeremias 8:7, NVI)

Estudos estimam que cerca de meio bilhão de aves cruzam Israel duas vezes por ano. O dado é impressionante, mas a maioria dos residentes mal percebe. Há várias razões para isso:

  • A migração é rápida e muitas aves são pequenas, passando por cima das cabeças quase despercebidas.

  • A maioria das espécies pequenas migra à noite, quando as pessoas estão dormindo. Ocasionalmente, uma delas pode aparecer em um jardim pela manhã, apenas para desaparecer no dia seguinte.

  • Aves grandes, como as aves de rapina, costumam voar em grandes altitudes, invisíveis sem binóculos.

Embora muitas vezes ignorada, a migração das aves de rapina representa um sério perigo para a aviação. Inúmeros acidentes foram causados por colisões de aves com aeronaves em altas altitudes. A Força Aérea Israelense investiu pesadamente no monitoramento da migração das aves de rapina, desenvolvendo sistemas para prevenir tais acidentes.

Nos primeiros anos, a Sociedade para a Proteção da Natureza em Israel colaborou com a Força Aérea para realizar pesquisas, mapeando rotas e épocas de migração. Entusiastas de todo o país se juntaram à causa e, ainda hoje, no outono, observadores de pássaros se reúnem em pontos de observação conhecidos, vasculhando os céus em busca de bandos migratórios.

A história da pesquisa sobre a Migração das Aves de Rapina

No Yom Kippur de 1977, um jovem chamado Ehud Dovrat foi observar pássaros de canto migratórios nos campos de Kafr Qasim, perto de Rosh HaAyin. Os pássaros de canto são mais bem observados ao amanhecer, antes que o calor os leve a se esconder.

Depois de registrar suas observações, Ehud sentou-se para descansar. Olhando para cima, ele de repente viu centenas de pequenos pontos pretos circulando bem acima. Mais tarde, um jornalista descreveu como Ehud, surpreso, abaixou sua xícara de café, esfregou os olhos e olhou novamente – os pontos ainda estavam lá, planando firmemente em direção ao sul.

Após alguns dias, ele voltou ao mesmo local e viu mais aves de rapina, embora seu número variasse, até que a migração cessou abruptamente. Ele teve que esperar um ano inteiro para testemunhar isso novamente, no mesmo local e dentro do mesmo breve intervalo de tempo.

Ao longo dos anos, ele reuniu outros observadores de pássaros para se juntarem a ele. Todo outono, eles se sentavam com binóculos e cadeiras dobráveis, contando as aves de rapina migratórias. A história se espalhou internacionalmente, com o tempo atraíndo visitantes e dando início ao que ficou conhecido como Kafr Qasim Migration Survey (Pesquisa sobre a Migração de Kafr Qasim).

Pesquisa sobre migração em Kafr Qasim em 1982

Com o passar dos anos, a pesquisa tornou-se mais estruturada. Pontos de observação foram estabelecidos de leste a oeste para acompanhar as rotas das aves migratórias com os ventos. Em pouco tempo, as contagens chegaram a centenas de milhares.

A espécie mais frequentemente observada foi a águia-abelheira-Europeia, que atravessa Israel em grande número, mas é quase desconhecida pelos Israelenses, pois voa alto e raramente pousa. Outra surpresa foi a águia-malhada-pequena, também pouco conhecida localmente, que passa entre a Europa e a África todos os anos.

Águia-malhada (Foto: Ran Silberman)

Quando os números foram divulgados, os observadores de aves na Europa ficaram muito céticos. Em 1983, cerca de 140.000 águias-malhadas foram contadas em Israel. Esse número é quatro vezes maior do que a população já registrada na Europa! Os observadores de aves Europeus tiveram que vir ver com seus próprios olhos para acreditar.

Assim como Israel tem sido há muito tempo uma ponte terrestre para nações e exércitos, continua sendo uma ponte vital para as aves. Ao contrário das pessoas, elas não se preocupam com guerras ou tratados. Ano após ano, elas conhecem as estações que lhe são determinadas e observam a época de sua migração.

Clique nestes links para ler mais sobre observação de aves em Israel e migração anual de aves.

Ran Silberman is a certified tour guide in Israel, with a background of many years in the Israeli Hi-Tech industry. He loves to guide visitors who believe in the God of Israel and want to follow His footsteps in the Land of the Bible. Ran also loves to teach about Israeli nature that is spoken of in the Bible.

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