Em 17 de setembro de 2025, o ex-Parlamentar Israelense, Yehuda Glick, participa de uma visita ao Monte do Templo, na Cidade Velha de Jerusalém, em memória de Charlie Kirk, assassinado na semana anterior. (Foto: Dor Pazuelo/Flash90)
Um grupo de fiéis Judeus e Cristãos subiu ao Monte do Templo na tarde de quarta-feira, em um evento organizado pela Beyadenu (“Em Nossas Mãos”) e pelo ex- Membro do Knesset, Yehuda Glick, para orar e cantar em memória do ativista Cristão Evangélico e conservador Charlie Kirk.
As orações foram conduzidas por Glick e pelo ativista social Mordechai Askin. Glick é conhecido como ativista e defensor da oração dos Judeus no Monte do Templo, e sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 2014.
Glick chamou a atenção para o próximo feriado Judaico de Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico, em comentários feitos antes do grupo subir ao Monte do Templo.
“Estamos a sete dias do assassinato do querido e falecido Charlie Kirk. E também estamos a sete dias do dia da consagração, o dia em que o mundo para, toca o shofar e anuncia o reino de Deus”, afirmou Glick. “Não há melhor momento, aos meus olhos, do que agora para estar aqui.”
Ele não escondeu o propósito da subida, dizendo aos participantes: “Estamos aqui para orar”.
A oração Judaica no Monte do Templo, embora não seja ilegal sob a lei Israelense, foi proibida como parte do acordo de status quo mantido após as Forças de Defesa de Israel (IDF) terem capturado toda Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. Naquela época, vários líderes Judaicos, incluindo figuras religiosas, instaram Israel a assumir o controle total do local sagrado e permitir a oração Judaica, ao mesmo tempo em que ainda permitia o acesso aos Muçulmanos. O governo Israelense concordou em manter o status quo, com medo de inflamar um conflito regional mais amplo.
O acordo de status quo remonta a um decreto do Império Otomano no século XIX, no qual o status religioso de cada local sagrado foi decretado para permanecer sob a custódia do grupo religioso que o possuía naquela época.
“Como sabemos, Charlie Kirk, durante sua vida, conseguiu conectar muitos corações à fé, sem medo e sem hesitação. E agora, com sua morte, ele conectou ainda mais pessoas ao Criador e até mesmo trouxe Judeus e Cristãos de todo o mundo ao lugar que Deus escolheu para que Seu nome habitasse”, disse Glick aos participantes.
“Hoje, tivemos o mérito de orar juntos aqui pela paz no mundo, por Erika e pelos queridos filhos, e por todas as viúvas e órfãos em todos os lugares”, continuou Glick. “Trabalharemos para que, nos próximos anos, mais e mais crentes de todo o mundo se juntem a nós para transformar este lugar em uma casa de oração para todas as nações.”
Askin observou que Kirk se dedicou a compartilhar sua mensagem de verdade e fé.
“Charlie Kirk era a encarnação viva da frase ‘uma pequena luz afasta muita escuridão’. Ele viajou incansavelmente para espalhar a luz da verdade e da fé, mesmo no ambiente mais hostil”, disse Askin.
“Inspirados por ele, escolhemos vir aqui, ao lugar que os inimigos da humanidade, os assassinos do Hamas, transformaram no símbolo de seu ataque mortal em 7 de outubro”, ele continuou. “Contra a escuridão deles, brilhamos daqui uma grande luz de amor, paz e união. Neste lugar, destinado a ser ‘uma casa de oração para todas as nações’, realizamos uma oração conjunta de Judeus e Cristãos que amam Israel, os filhos de Isaac e Jacó, em memória de Charlie, pela vitória na guerra e pelo rápido retorno de todos os nossos reféns.”
O Diretor de Relações Públicas da Beyadenu, Akiva Ariel, disse que o Monte do Templo foi concebido para ser “uma ‘Casa de Oração para todas as nações’”.
“O Monte do Templo é o coração pulsante do povo Judeu, mas também foi concebido para ser uma ‘Casa de Oração para todas as nações’”, disse Ariel.
“Aqui, em memória de Charlie Kirk e do seu legado, reunimo-nos para continuar a sua corajosa luta.”