O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, ao lado de sua esposa, nesta manhã (quinta-feira, 25 de setembro de 2025), no Aeroporto Internacional Ben-Gurion, antes de partir para uma visita diplomática aos EUA. Foto: Avi Ohayon\GPO
O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu concedeu breves comentários na manhã de quinta-feira no Aeroporto Internacional Ben-Gurion, antes de sua partida para os EUA, onde discursará na Assembleia Geral da ONU e também se reunirá com o Presidente dos EUA, Donald Trump.
“Estou partindo agora, com minha esposa, para a Assembleia Geral da ONU (UNGA) e Washington. Na ONU, direi nossa verdade – cidadãos Israelenses, a verdade dos soldados das Forças de Defesa de Israel, do nosso Estado”, afirmou Netanyahu.
Ele também prometeu se manifestar contra o reconhecimento de um estado Palestino na ONU.
“Condenarei os líderes que, em vez de condenar os assassinos, estupradores e incendiários de crianças, querem conceder a eles um estado no coração de Israel”, prometeu Netanyahu. “Isso não vai acontecer.”
Na quarta-feira, Netanyahu disse que o reconhecimento de um estado Palestino é uma “capitulação vergonhosa” ao terrorismo.
“A capitulação vergonhosa de alguns líderes ao terrorismo Palestino não obriga Israel de forma alguma. Não haverá estado Palestino”, disse o Primeiro-Ministro em um comunicado.
O reconhecimento de um estado Palestino por várias nações Ocidentais tem sido motivo de preocupação para os líderes Israelenses, já que a medida é amplamente vista como uma recompensa ao Hamas pelos massacres de 7 de outubro de 2023. Até mesmo altos oficiais do Hamas afirmaram que o reconhecimento é resultado de seu ataque a Israel.
Em agosto, o alto oficial do Hamas Ghazi Hamad disse à Al Jazeera que o dia 7 de outubro “trouxe de volta a causa Palestina”, perguntando: “Por que todos esses países estão reconhecendo a Palestina agora?”
Israel também rejeita o reconhecimento de um estado Palestino, pois isso contorna o processo acordado nos Acordos de Oslo, no qual um estado Palestino deveria ser criado por meio de acordos negociados entre Israel e os líderes Palestinos.
Analistas Israelenses afirmaram que o reconhecimento de um Estado Palestino, o qual a maioria das nações afirmou que deveria existir dentro das fronteiras de 1967, representa um abandono dos acordos anteriores e uma tentativa de impor a Israel uma situação com a qual ele não concordou.
O Primeiro-Ministro Netanyahu também falou sobre sua próxima reunião com o Presidente dos EUA, Donald Trump, que será sua quarta reunião desde que Trump retornou à Casa Branca, afirmando que discutirá as oportunidades criadas pelos sucessos de Israel.
“Em Washington, me encontrarei – pela quarta vez – com o Presidente Trump e discutirei com ele as grandes oportunidades que nossas vitórias trouxeram e nossa necessidade de completar os objetivos da guerra: Restituir todos os nossos reféns, derrotar o Hamas e expandir o círculo de paz que se formou para nós após nossa vitória histórica na Operação Leão Ascendente e as outras vitórias que alcançamos.”
Alguns analistas Israelenses acreditam que Netanyahu também discutirá a questão da anexação parcial do território da Judeia e Samaria, a qual seus parceiros de coalizão estão pressionando como uma medida retaliatória devido à onda de reconhecimentos por parte dos países Ocidentais.
O governo Trump criticou a onda de reconhecimentos, chamando-a de uma ação “performativa”.
Até agora, apesar de ter prometido no início deste ano de fazer uma declaração de seu governo em relação à anexação, o Presidente Trump considerou difícil fazer uma declaração pública a favor ou contra a anexação.
Antes de embarcar no voo, Netanyahu também cumprimentou os cidadãos Israelenses com votos de um feliz ano novo. Terça-feira foi o início do ano novo, chamado Rosh Hashaná, de acordo com o calendário Judaico.
“Esta é também a oportunidade de desejar a vocês, cidadãos Israelenses e a todo o povo Judeu, um feliz Ano Novo, um ano de segurança, prosperidade e paz.”