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O presidente dos EUA, Trump, “não permitirá que Israel anexe a Cisjordânia”, mas afirma que um acordo pelos reféns poderá ser alcançado “em breve”

Trump afirma que deseja que a guerra em Gaza “acabe” e expressa otimismo quanto à possibilidade de se chegar a um acordo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assina uma de várias ordens executivas no Salão Oval da Casa Branca, em 25 de setembro de 2025. (Foto: Yuri Gripas/POOL via CNP/INSTARi via Reuters)

Em meio a especulações sobre a possível resposta de Israel a uma onda de reconhecimentos da “Palestina”, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na quinta-feira que não permitiria que Israel anexasse a Judeia e a Samaria, internacionalmente conhecidas como Cisjordânia.

Em declarações a repórteres no Salão Oval, Trump foi pressionado a confirmar os relatos de que teria garantido aos líderes árabes e muçulmanos que bloquearia as anexações israelenses, uma medida fortemente defendida por muitos dos parceiros da coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

“Não permitirei que Israel anexe a Cisjordânia. Não permitirei. Isso não vai acontecer”, disse Trump. “Quer eu tenha falado com Bibi ou não – e eu falei –, não permitirei que Israel anexe a Cisjordânia. Já basta. É hora de parar agora.”

Rapid Response 47 no X @RapidResponse47 .@POTUS: “Não permitirei que Israel anexe a Cisjordânia. Não, não permitirei isso.”

Mais tarde, ele disse que teve “uma boa conversa com Netanyahu. Um acordo pelos reféns pode ser fechado em breve”, repetindo um comentário prévio de que os Estados Unidos estão “perto de fechar algum tipo de acordo” na Faixa de Gaza após uma “ótima” reunião com os líderes de oito países árabes e muçulmanos para discutir o futuro do enclave.

As declarações de Trump foram feitas logo após Netanyahu chegar a Nova York para um discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). Ele também deve se reunir com Trump para discutir a guerra em Gaza e o plano dos EUA que foi apresentado aos líderes árabes e muçulmanos no início desta semana.

Após a reunião, o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, disse que espera um “avanço” nas negociações para um plano que ponha fim à guerra em Gaza e para uma nova administração que remova o governo do Hamas.

“Tenho que me reunir com Israel. Eles sabem o que eu quero. Acho que podemos conseguir isso. Espero que consigamos isso. Muitas pessoas estão morrendo”, disse Trump na quinta-feira.

“Vou ter que dizer a Israel: ‘Vamos lá’”, acrescentou. “Queremos resgatar os reféns. Queremos todos de volta de uma só vez.”

“Todos querem ver o fim dessa guerra. Vamos ver o que acontece”, afirmou Trump.

O ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, e membros mais “linha-dura” do partido de Netanyahu, Likud, exortaram-no a declarar a anexação de, pelo menos, partes simbólicas da Judeia e Samaria em resposta ao reconhecimento unilateral do “Estado da Palestina” pelo Reino Unido, França e outras nações nesta semana.

Os comentários de Trump foram recebidos com críticas na manhã de sexta-feira. Dan Illouz, membro do Knesset pelo Likud, escreveu no 𝕏: “Amamos e apreciamos o presidente Trump por apoiar Israel ao longo dos anos. Contudo, o Estado de Israel é uma nação soberana, e a aplicação da soberania sobre a Judeia e a Samaria – nossa pátria histórica – é uma decisão exclusiva do povo judeu.”

“Nenhuma entidade internacional, mesmo se tratando de um grande e querido amigo, pode nos ditar como tratar a nossa terra”, disse ele.

Yossi Dagan, chefe do Conselho Regional da Samaria, pediu a Netanyahu que desafiasse a declaração de Trump.

“Um governo americano solidário não é um governo que impõe soberania ou que constrói em nosso lugar; é um governo com o qual se possa chegar a acordos e do qual se possa discordar.”

“A responsabilidade é de Netanyahu. Ele é o primeiro-ministro, aquele que elegemos – e ele precisa declarar na ONU: esta é a nossa terra; estou fazendo o que é crucial para a existência contínua de Israel após o 7 de outubro, e estou aplicando plena soberania na Judeia e na Samaria. A maioria do povo espera isso; a maior parte da nação não abrirá mão disso”, afirmou Dagan.

The All Israel News Staff is a team of journalists in Israel.

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