Sessão especial em homenagem ao presidente argentino, Javier Milei, no Knesset, o parlamento israelense em Jerusalém, em 11 de junho de 2025. (Foto: Yonatan Sindel / Flash90)
Em um contexto de crescente isolamento diplomático, até mesmo a Argentina – um dos maiores aliados de Israel – está expressando a sua decepção. Segundo uma reportagem da Kan Reshet Bet na manhã de domingo, durante discussões internas entre altos funcionários da Argentina e seus homólogos israelenses, os argentinos expressaram profunda decepção ao descobrirem que uma empresa privada israelense está levantando fundos para promover a exploração de petróleo nas Ilhas Malvinas, considerada, pela Argentina, como estando sob a sua soberania.
A Argentina espera que Israel tome medidas a respeito dessa questão, especialmente depois de ter apoiado Israel em instituições internacionais e de ter respaldado as suas ações.
A Argentina reivindica soberania sobre as Ilhas Malvinas, que estão sob controle britânico desde o século XIX. Embora a Grã-Bretanha mantenha, atualmente, a soberania total, as Nações Unidas reconhecem as ilhas como um território disputado, e muitos países apoiam o direito da Argentina de continuar exigindo negociações.
Enquanto isso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia planejado visitar a Argentina depois de sua viagem aos Estados Unidos, mas a visita foi adiada. Segundo uma reportagem do Ynet News na noite de sábado, o presidente Javier Milei, um ferrenho defensor de Israel, pediu que a visita fosse adiada. O adiamento ocorre em meio às próximas eleições parlamentares na Argentina e à preocupação de Milei de que a visita de Netanyahu possa prejudicá-lo politicamente. No entanto, fontes na Argentina acreditam que isso faz parte de uma decisão mais ampla de adiar todas as visitas de líderes estrangeiros.