Refém Israelense Evyatar David em um vídeo de propaganda do Hamas (Foto: Captura de tela)
A organização terrorista Hamas declarou que não deporá as armas “enquanto a ocupação existir”, após divulgar novas imagens horríveis de propaganda no fim de semana, mostrando o refém Israelense Evyatar David frágil e emaciado.
No sábado, a família David permitiu que a mídia mostrasse partes do último vídeo de propaganda do Hamas, no qual Evyatar aparece frágil, com a pele pálida e emaciado a ponto de seus ossos ficarem claramente visíveis.
Lendo uma mensagem provavelmente ditada pelos terroristas que o mantêm em cativeiro, David disse com voz fraca: “Hoje é 27 de julho, às 12h, não sei o que vou comer. Não como há vários dias seguidos”.
“Estou em uma situação muito, muito difícil, há muito tempo”, ele acrescentou, alegando que os terroristas estavam lhe dando toda a comida que podiam, principalmente lentilhas e feijão.
Em determinado momento, o cinegrafista entrega a Evyatar uma lata de comida. “Esta lata é para dois dias. Esta lata inteira é para dois dias, para que eu não morra”, ele disse. O final do vídeo mostra Evyatar cavando o que ele diz temer que seja sua sepultura em um túnel.
“Somos forçados a testemunhar nosso amado filho e irmão, Evyatar, deliberada e cinicamente morto de fome nos túneis do Hamas em Gaza – um esqueleto vivo enterrado vivo”, declarou a família David.
“Nosso filho tem apenas alguns dias de vida nessas condições. O Hamas está usando nosso filho, Evyatar, como uma experiência viva em uma campanha de fome repugnante”, diz a declaração, pedindo ao governo Israelense e à comunidade internacional que garantam que David receba comida e seja libertado rapidamente.
No sábado, o Hamas respondeu aos comentários feitos anteriormente pelo enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, que havia dito às famílias dos reféns que o grupo poderia concordar em depor as armas como parte de um futuro acordo para a libertação dos reféns.
Em resposta, a organização terrorista prometeu não depor as armas enquanto Israel existir e até que haja um “estado Palestino independente com soberania total e Jerusalém como sua capital”.
A visita de Witkoff a Gaza na sexta-feira foi “nada mais do que uma performance teatral pré-combinada com o objetivo de enganar a opinião pública, polir a imagem da ocupação e fornecer-lhe cobertura política para gerenciar a fome e continuar o assassinato sistemático de crianças e civis desarmados”, afirmou o Hamas.
“As declarações enganosas de Witkoff, juntamente com a transmissão de imagens de propaganda que tentam retratar a distribuição de ajuda como pacífica, são contrariadas pelos fatos no local onde ele estava, onde mais de 1.300 mártires inocentes e famintos foram mortos a tiros pelo exército de ocupação e pelos funcionários desumanos da ‘Fundação Gaza’, que foi criada para completar os capítulos de assassinato e genocídio”, afirmou o Hamas.
Após a visita a Gaza, Witkoff se reuniu com famílias de reféns que permanecem em cativeiro, dizendo-lhes que não havia novos progressos nas negociações de cessar-fogo, de acordo com os meios de comunicação de Israel.
“Eu entendo sua frustração. Entendo que vocês querem que eles voltem para casa; parte da razão pela qual estou neste trabalho é porque perdi um filho. Sei o que é perder um filho. Gostaria de ter notícias para vocês. Mas a situação é complicada. Há muitas razões [para isso] que não posso detalhar. O Hamas é uma organização terrorista”, ele disse.
Nesse contexto, ele mencionou que um futuro acordo exigiria a desmilitarização do Hamas, afirmando que o grupo estava “pronto para se desmilitarizar”.
“Além disso, alguns países Árabes estão exigindo que o Hamas se desarme”, ele disse.
“A maioria dos İsraelenses quer os reféns em casa, e a maioria do público de Gaza quer o retorno dos reféns porque quer a reabilitação da Faixa”, ele continuou.
“Não há vitória sem trazer todos para casa; todos vocês se tornaram parte da minha família.”
“O plano não é expandir a guerra, mas sim acabar com ela”, prometeu Witkoff, sinalizando potencialmente que são verdadeiras as notícias de que Israel e os EUA estão trabalhando para chegar a um acordo abrangente para acabar com o conflito, em vez de buscar outro cessar-fogo parcial.
