O Presidente dos EUA, Donald Trump, olha para uma carta de indicação depois que o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (não fotografado), lhe disse que o indicou para o Prêmio Nobel da Paz, durante um jantar bilateral, com a presença do Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, e do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Casa Branca, em Washington, D.C., EUA, em 7 de julho de 2025. Foto: REUTERS
O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse aos repórteres no domingo que espera conseguir um acordo de cessar-fogo em Gaza “resolvido” na próxima semana.
Questionado por um repórter sobre a situação em Gaza enquanto se preparava para embarcar em um avião para viajar para a final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, Trump respondeu: “Gaza, estamos conversando e espero que possamos resolver isso na próxima semana. Vamos ver o que acontece”.
Muitos em Israel esperavam o anúncio de um acordo até o final da viagem do Primeiro-Ministro Israelense, Benjamin Netanyahu, a Washington, D.C., na semana passada.
O enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, também afirmou no domingo que estava “esperançoso” de que um acordo pudesse ser alcançado nas negociações. Witkoff disse a um grupo de repórteres em Nova Jersey que planejava se reunir com altos funcionários do Qatar à margem da final do Mundial de Clubes.
A Qatar Airlines é uma das principais patrocinadoras do time de futebol Paris Saint-Germain (PSG), que enfrentou o Chelsea na final. O Presidente Trump e Witkoff assistiram ao jogo e, segundo relatos, se reuniram com autoridades do Qatar para discutir as negociações sobre o cessar-fogo e a libertação dos reféns.
As negociações estão paralisadas há vários dias, com Israel e o Hamas acusando-se mutuamente de criar obstáculos ao acordo. De acordo com relatos da mídia Israelense e Árabe, o principal desacordo parece girar em torno da retirada das tropas das Forças de Defesa de Israel (IDF) de certas partes de Gaza.
A Reuters informou que o Hamas rejeitou o último mapa de retirada Israelense, que teria deixado Israel no controle de cerca de 40% da Faixa de Gaza e no controle total de Rafah, onde Israel espera construir uma “cidade de tendas” humanitária nos próximos dias.
Esse relatório afirmava que o Hamas quer que Israel retorne às mesmas fronteiras estabelecidas no acordo de cessar-fogo e libertação dos reféns alcançado em janeiro deste ano. O Hamas também quer garantias de que o acordo de cessar-fogo levará ao fim definitivo da guerra.
Uma fonte Palestina disse à Al-Arabiya News que o mapa de retirada de Israel é “na verdade um mapa de remanejamento”.
“As negociações em Doha estão enfrentando um revés e dificuldades complexas devido à insistência de Israel, desde sexta-feira, em apresentar um mapa de retirada, que é na verdade um mapa de redistribuição e reposicionamento do exército Israelense, em vez de uma retirada genuína”, afirmou a fonte Palestina.
Enquanto isso, uma fonte Israelense disse à Al-Arabiya que é o Hamas que está sendo “intransigente”.
“Israel demonstrou disposição para mostrar flexibilidade nas negociações, enquanto o Hamas permanece intransigente, agarrando-se a posições que impedem os mediadores de avançar em um acordo”, afirmou a fonte Israelense.
Israel exigiu um acordo que inclua o desmantelamento do Hamas como força militar e como órgão governamental na Faixa de Gaza.
A delegação Israelense está em Doha, no Qatar, há quase uma semana, enquanto os mediadores trabalham para negociar o fim da Guerra de Gaza, que já dura 21 meses.
Antes do início da ‘Operação Carruagens de Gideão’, Israel prometeu que quaisquer negociações com o Hamas seriam realizadas “sob fogo”.
Autoridades de Israel, como o ministro da Defesa, Israel Katz, também afirmaram que Israel começaria a tomar e confiscar territórios em Gaza, dando a entender que as Forças de Defesa de Israel (IDF) não estariam dispostas a se retirar dos territórios capturados, mesmo em um acordo de cessar-fogo.