A Gruta na Igreja da Natividade em Belém (Foto: Shutterstock)
É aquela época do ano novamente em que desamarramos a fita, rasgamos o papel de embrulho e abrimos a caixa para encontrar a afirmação de que Jesus era Palestino.
Será que Jesus poderia realmente ser Palestino?
Ele nasceu em Belém, uma cidade da Autoridade Palestina, e o Papa o envolveu em um keffiyeh — então deve ser verdade, certo?
Temos ouvido tantas declarações, cantos e mentiras ultimamente: “Morte, morte às Forças de Defesa de Israel”, “Do rio ao mar, a Palestina será livre” e, é claro, a velha, fiel, mas completamente falsa frase de que Jesus era Palestino. Se você disser isso por tempo suficiente e em voz alta, um universitário woke de cabelo rosa acreditará.
É uma narrativa tola que demonstra total ignorância por parte daqueles que a promovem.
“Palestina” nem sequer aparece na Bíblia ou no Alcorão. O termo vem do imperador Adriano, que renomeou a província da Judeia para Síria Palestina por volta de 135 d.C. (pesquise no Google). Isso foi cerca de 100 anos depois de Jesus Cristo. Portanto, o termo nem sequer existia na época de Jesus. Chamá-lo de Palestino é, para dizer o mínimo, absurdo.
Os Muçulmanos de hoje chamam Jesus — e Moisés — de Muçulmanos, embora o Islã tenha surgido cerca de 600 anos depois de Jesus. Mas esse é um assunto para outro dia.
É bastante irônico que Belém, uma cidade da Autoridade Palestina, declare ao mundo que Jesus era Judeu.
Como?
O local tradicional do nascimento de Jesus tem uma estrela de catorze pontas. Você pode descer até a gruta e vê-la. Mas o que significa essa estrela de catorze pontas?
Se voltarmos ao livro de Mateus, encontraremos a genealogia de Jesus.
Mateus 1:17 diz: “Assim, foram catorze gerações no total, desde Abraham até David, catorze desde David até o exílio na Babilônia e catorze desde o exílio até o Messias.” (NVI)
Por que Mateus estava tão focado no número quatorze?
Em Hebraico existe a gematria, onde cada letra tem um valor numérico.
Por exemplo, a letra Hebraica para D tem o valor 4. A letra V tem o valor 6.
Então, se você soletrar D-V-D, o nome do Rei David em Hebraico, os números somam 14.
Mateus estava mostrando, por meio das Escrituras, que Jesus era descendente do rei Judeu David.
Foi profetizado:
“Quando seus dias terminarem e você descansar com seus antepassados, eu levantarei seu descendente para sucedê-lo, seu próprio filho, e estabelecerei o reino dele. Ele é aquele que construirá uma casa para o meu Nome, e eu estabelecerei o trono do seu reino para sempre.” - 2 Samuel 7: 12–13
O escritor do Evangelho, Lucas, também deixa muito claro que Jesus descendia da linhagem de David:
“José também subiu da cidade de Nazaré, na Galiléia, para a Judéia, para Belém, a cidade de David, porque ele pertencia à casa e à linhagem de David.” - Lucas 2:4
Um simples estudo da genealogia em Mateus mostra que Jesus é da linhagem de Abraham, Isaque e Jacó. Não demora muito para ver os fatos: Jesus era da linhagem de Abraham, Isaque e Jacob, o que o tornava Judeu — não Palestino.
Esta é uma questão tão séria e importante porque, se Jesus não é Judeu, então, simplesmente, Ele não é o Messias, e eu tenho perdido meu tempo seguindo-O.
Hoje, abra sua Bíblia. Conheça sua Bíblia, porque há pessoas por aí que querem lhe vender uma mentira. Elas têm seus próprios interesses e não estão lhe dizendo a verdade. Mas quando você conhece a verdade, a verdade o libertará.
Vista da Igreja da Natividade fechada na cidade de Belém, na Cisjordânia, em 19 de março de 2020. Foto de Wisam Hashlamoun/Flash90