O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu e sua esposa Sara embarcam no avião com destino aos EUA, em 6 de julho de 2025. (Foto: Avi Ohayon/GPO)
O Primeiro-Ministro Netanyahu partiu para os Estados Unidos no domingo à noite para se reunir com o Presidente dos EUA, Donald Trump. Além de Trump, Netanyahu deve se reunir com outros altos funcionários do governo dos EUA.
Ao chegar à pista de embarque, Netanyahu disse: “Há uma oportunidade de expandir o círculo da paz”.
O Primeiro-Ministro afirmou que, em sua conversa com Trump, pretende agradecer-lhe por estar ao lado de Israel: “Nossa atividade conjunta levou a uma vitória tremenda sobre nosso inimigo comum, o Irã”.
Quando questionado pela Kan News sobre o acordo para libertar os reféns, ele respondeu: “Estamos trabalhando para alcançar o acordo tão discutido, nas condições que concordamos. Enviei uma equipe para as negociações com instruções claras. Acredito que a conversa com o Presidente Trump pode definitivamente ajudar a avançar para o resultado que todos esperamos”.
Netanyahu abordou a questão de um possível acordo para um cessar-fogo e a libertação dos reféns: “Ao mesmo tempo, ainda estamos na arena de Gaza. Temos grandes conquistas lá também, mas também missões que precisam ser concluídas. Até hoje, libertamos 205 dos 255 reféns, 148 deles vivos. Restam 20 reféns vivos e 30 mortos. Estou determinado — estamos determinados — a trazer todos de volta.”
Em um movimento incomum, o Embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, juntou-se a Netanyahu no voo. Quando questionado se haveria um cessar-fogo e a libertação dos reféns, Huckabee respondeu: “Sou apenas um embaixador, não um profeta.”
O filho de Netanyahu, Yair, também deveria embarcar no voo e participar de algumas das reuniões, como já fez várias vezes no passado. O Gabinete do Primeiro-Ministro (PMO) declarou que Yair deverá pagar os custos do voo. Além disso, Netanyahu viajará para Washington com uma equipe médica ampliada, incluindo um cardiologista e um urologista.
O voo do primeiro-ministro para Washington foi adiado devido a uma ameaça dos partidos ultra-Ortodoxos de boicotar a sessão plenária do Knesset na segunda-feira. Como resultado, o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa, Membro do Knesset, Yuli Edelstein, foi solicitado a apresentar imediatamente ao representante do partido Shas um esboço inicial dos pontos-chave da lei do serviço militar obrigatório.
A viagem de Netanyahu ocorre em meio a avanços nas negociações para um acordo sobre os reféns e o retorno da equipe de negociação a Doha, no Qatar.
Ontem à noite, o Gabinete do Primeiro-Ministro declarou que Israel continua comprometido com a oferta dos mediadores, segundo a qual 10 reféns vivos e 18 mortos seriam devolvidos em troca de um cessar-fogo de 60 dias.
Antes da reunião com Netanyahu, Trump disse na terça-feira passada: “Serei muito firme com Netanyahu em relação ao fim da guerra. Ele também quer acabar com ela”. Sobre o cessar-fogo em Gaza, Trump disse que um acordo sobre o assunto deve ser alcançado “na próxima semana”.
Além disso, durante a reunião, Netanyahu deve buscar garantias de Trump para um possível apoio dos EUA a um ataque Israelense ao Irã, caso Israel detecte uma escalada significativa nos programas nucleares ou de mísseis de Teerã. Ele pode até solicitar tais garantias na forma de uma carta formal do governo dos EUA.
