Pessoas seguram uma bandeira nacional de Israel gigante no Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém, na véspera do Dia de Jerusalém, em 25 de maio de 2025. (Foto: Chaim Goldberg/Flash90)
O Dia de Jerusalém, conhecido em Hebraico como Yom Yerushalayim, é um feriado nacional de Israel que comemora a reunificação de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. Para muitos Israelenses, ele marca o momento em que o povo Judeu recuperou o acesso à Cidade Velha e ao Muro das Lamentações - o local mais sagrado do Judaísmo - após quase duas décadas de separação.
O dia tem um profundo significado religioso, histórico e nacional. Jerusalém tem sido fundamental para a identidade Judaica por milhares de anos, e a aquisição de Jerusalém Oriental é frequentemente vista como uma redenção espiritual e histórica. Ela também representa um marco importante na história moderna de Israel, simbolizando a soberania e a resiliência.
As comemorações em toda a cidade incluem cerimônias de estado, memoriais para soldados mortos e eventos festivos. A tradição mais proeminente é o desfile da Marcha das Bandeiras, em que milhares de jovens marcham pelas ruas de Jerusalém, especialmente ao redor da Cidade Velha, agitando bandeiras de Israel, cantando e dançando. As comunidades religiosas também se reúnem para orações especiais, especialmente no Muro das Lamentações.
Embora o Dia de Jerusalém seja uma fonte de orgulho e alegria para muitos, ele também é um ponto de discórdia. Os Palestinos e membros da comunidade internacional consideram Jerusalém Oriental “território ocupado” e consideram o dia - e especialmente o desfile - bastante provocativo. A segurança costuma ser reforçada, principalmente em áreas sensíveis, como o Portão de Damasco e o complexo do Monte do Templo/Mesquita de Al-Aqsa.
A rota do desfile da bandeira pelo bairro Muçulmano da Cidade Velha é vista por muitos Palestinos e críticos como especialmente inflamatória, devido a incidentes anteriores envolvendo slogans nacionalistas e cantos de participantes marginais. A crescente presença de colonos de Israel na área alimentou ainda mais as tensões com os residentes Árabes.
Apesar das complexidades políticas, para muitos Israelenses, o Dia de Jerusalém continua sendo uma celebração da unidade nacional, do patrimônio espiritual e de uma conexão profundamente enraizada com a cidade que está no centro de sua história.
De acordo com a Prefeitura de Jerusalém, o principal comício que marca o 58º aniversário da reunificação da cidade destacará a fé na força duradoura de Israel. O evento deverá contar com a presença e os discursos do prefeito de Jerusalém, Moshe Leon, do Vice-Prefeito, Aryeh King, bem como de rabinos-chefes, chefes de yeshivas e outras figuras públicas.