Crianças voltam à escola pela primeira vez desde o início da guerra, na cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel, em 9 de março de 2025. Foto de Ayal Margolin/Flash90
Após quase duas semanas de instruções de segurança rigorosas, o Comando da Frente Interna da IDF suspendeu todas as restrições na noite de terça-feira, pois o cessar-fogo com o Irã parecia ter um efeito permanente.
Nos últimos dias, o mais alto nível de medidas de segurança levou ao fechamento de todos os locais de trabalho e escolas, além de proibir todas as formas de reuniões públicas.
A partir da manhã de quarta-feira, todos os locais de trabalho - inclusive aqueles sem abrigos de fácil acesso - foram autorizados a reabrir.
O ano letivo em Israel terminou mais cedo devido à guerra entre Israel e Irã, e já havia sido afetado por uma greve de professores que durou dias, há várias semanas.
As colônias de férias, creches, escolas de idiomas e outras instituições educacionais que funcionam durante o verão também foram autorizadas a abrir.
Os alunos do 11º e 12º ano do ensino médio também poderão fazer seus exames finais de admissão (bagrut), alguns dos quais foram adiados durante a guerra no verão.
De acordo com o Ministério da Educação, espera-se que os alunos de todas as outras séries retornem às suas escolas para receberem seus boletins e se reunirem com seus professores, sujeitos a avaliações de segurança.
Várias escolas foram destruídas ou danificadas nos ataques com mísseis nas duas últimas semanas.
Reuniões públicas - incluindo casamentos, conferências e eventos semelhantes - serão permitidas em todo o país, com exceção de certas áreas próximas ao Envelope de Gaza, onde as restrições permanecerão em vigor, limitando o comparecimento a 2.000 pessoas, como era o caso antes do conflito com o Irã.
O Aeroporto Internacional Ben Gurion, a principal porta de entrada de Israel para o mundo, retomou suas operações completamente. Na quarta-feira, espera-se que aproximadamente 12.000 passageiros viajem através do aeroporto em 88 voos internacionais.
A reabertura do aeroporto ocorre após 12 dias de fechamento quase total dos céus de Israel devido à guerra, com exceção de alguns voos de repatriação e voos de carga militar.
“As restrições sobre o número de voos de entrada e saída, bem como o número de passageiros em cada voo, foram suspensas”, anunciou a Autoridade de Aeroportos de Israel (IAA).
“Além disso, as restrições à chegada de passageiros e acompanhantes nos aeroportos foram suspensas.”
A companhia aérea nacional de Israel, El Al Airlines, anunciou que aumentaria sua programação de voos para ajudar no retorno das dezenas de milhares de Israelenses que ainda estão presos no exterior. A El Al transferiu a maioria de seus aviões para aeroportos em Chipre e na Grécia para protegê-los em meio aos ataques com mísseis do Irã.
As conexões de voo para Larnaca, Atenas, Roma, Paris, Londres, Nova York, Los Angeles e Bangkok - onde a maioria dos Israelenses retidos esperou - serão aumentadas. Nos próximos dois dias, a El Al também planeja adicionar voos de e para Budapeste, Bucareste, Amsterdã, Praga, Madri, Milão, Varsóvia e Sofia.
Apesar dos mais de 500 lançamentos de mísseis - e dezenas de impactos - em Israel, não houve relatos de danos ao Aeroporto Ben Gurion.
As companhias aéreas menores de Israel, Arkia e Israir, também anunciaram que retomariam sua programação regular de voos, principalmente para locais de férias de verão na Europa.
A Ministra dos Transportes, Miri Regev, anunciou que mais de 100.000 Israelenses retidos terão voltado para casa até o final da operação “Retorno Seguro”, lançada na semana passada por seu ministério e pelo Comando da Frente Interna da IDF.
“Hoje [terça-feira], 24 voos aterrissarão no Aeroporto Ben Gurion, e nove voos em Haifa, e esta manhã, um cruzeiro Mano chegou com 1.900 Israelenses”, ela disse.
Regev também observou que várias companhias aéreas estrangeiras - muitas das quais haviam suspendido o serviço para Israel - enviaram solicitações para retomar as operações. Entre elas estão a flydubai, a Etihad Airways, a Blue Bird, a TUS Airways, a Red Wings e a Ethiopian Airlines.
