Primeiro-Ministro Israelense Benjamin Netanyahu visto do lado de fora de seu escritório no Knesset, o parlamento de Israel, em Jerusalém, em 11 de junho de 2025. Foto de Chaim Goldberg/Flash90
“Caros cidadãos de Israel, nos 12 dias da Operação Rising Lion, alcançamos uma vitória histórica, que permanecerá por gerações”, começou o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu em um discurso televisionado à nação na noite de terça-feira.
Após as violações do Irã e a enorme pressão dos EUA para impedir que Israel retaliasse, o cessar-fogo entre Israel e o Irã parecia estar se mantendo. Netanyahu voltou-se para os cidadãos, elogiando sua resiliência, o heroísmo das forças armadas e o apoio substancial e fundamental dos Estados Unidos
“Eliminamos duas ameaças existenciais: A ameaça de aniquilação por armas nucleares e a ameaça de aniquilação por 20.000 mísseis balísticos”, enfatizou Netanyahu no início, reiterando seu raciocínio para ordenar o ataque surpresa. “Se não tivéssemos agido agora, o Estado de Israel logo teria enfrentado o perigo de aniquilação.”
“Mas isso não aconteceu porque, no momento decisivo, nós nos levantamos e nos erguemos como leões, e nosso rugido sacudiu Teerã e ecoou pelo mundo todo.”
O golpe inicial da guerra “entrará para os anais das guerras de Israel e será estudado por todos os militares do mundo”, declarou Netanyahu, antes de delinear algumas das principais realizações das forças de segurança.
“Destruímos a principal instalação de enriquecimento de urânio em Natanz, a usina de conversão de urânio em Isfahan e a instalação de água pesada em Arak”, acrescentando que 'nosso amigo', o Presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu uma ordem e, “As forças armadas dos EUA destruíram a instalação de enriquecimento subterrânea em Fordow”.
Israel também destruiu dezenas de outros componentes do programa nuclear, incluindo “laboratórios e fábricas para a produção de centrífugas”, bem como o principal local do arquivo nuclear, que “concentrava o conhecimento geral do Irã para a produção de bombas atômicas”.
Israel “mandou o projeto nuclear do Irã para o esquecimento”, enfatizou Netanyahu, “e se alguém no Irã tentar reconstruir esse projeto, agiremos com a mesma determinação”.
“Com a mesma força e determinação, destruímos a indústria do Irã para a produção de mísseis balísticos”, continuou ele. Os ataques aéreos Israelenses demoliram as fábricas de produção de mísseis do Irã, atingiram depósitos de mísseis e “destruíram a maioria de seus lançadores”.
De acordo com a Army Radio, os ataques Israelenses destruíram de 800 a 1.000 mísseis balísticos antes de serem lançados, deixando o regime com uma estimativa de 1.000 a 1.500 mísseis - menos da metade de seu arsenal original.
Além disso, as aeronaves Israelenses perseguiram as equipes de lançamento de mísseis a ponto de elas serem forçadas a abandonar toda a parte ocidental do país, transferindo todos os lançamentos para o centro e o leste do Irã - significativamente mais longe do território Israelense.
O primeiro-Ministro também destacou os “golpes esmagadores” que Israel desferiu diretamente contra o regime “perverso”. Diversos comandantes de alto escalão foram mortos, enquanto os quartéis-generais e as bases da Guarda Revolucionária (IRGC) e da Basij foram atingidos.
Os quatro oficiais mais graduados mortos foram os comandantes do IRGC do Irã, das Forças Armadas e do QG Conjunto de Emergência, juntamente com seu sucessor.
Além disso, os ataques Israelenses mataram o comandante da Força Aérea do IRGC, juntamente com toda a sua equipe geral, bem como Behnam Shahriyari e Saeed Izadi, dois importantes agentes da Força Quds do IRGC.
“Poucas horas antes do cessar-fogo, demos ao regime dos aiatolás o golpe mais duro de todos desde o início da guerra, o golpe mais duro de sua história. Eliminamos centenas de agentes do regime em um ataque esmagador”, acrescentou Netanyahu.
Apesar do aumento das tensões na terça-feira, Netanyahu declarou: “Cidadãos de Israel, em seu nome, agradeço ao meu amigo, o Presidente Trump, e aos EUA, por sua parte na defesa de Israel e na remoção da ameaça nuclear Iraniana... Devo dizer que Israel nunca teve um amigo tão grande na Casa Branca.”
Ele destacou o alto preço que o Comando da Frente Interna da IDF pagou durante a guerra.
“Nós abraçamos as famílias dos mortos com amor infinito. Todos nós desejamos uma recuperação completa para todos os que foram feridos, de corpo e alma, assim como desejamos para todos os feridos nesta campanha desde 7 de outubro.”
Vinte e oito Israelenses - incluindo um soldado da IDF - foram mortos e centenas ficaram gravemente feridos em ataques Iranianos de retaliação, a maioria dos quais direcionados a áreas civis.
Centenas de Israelenses ficaram temporariamente desabrigados como resultado da destruição generalizada em torno dos locais de impacto. Não houve relatos de danos graves às instalações militares causados pelos ataques do Irã.
“Nos últimos dias, visitei várias das cidades que sofreram considerável destruição pelos mísseis Iranianos. Muitas casas foram danificadas e, como prometi aos moradores, nós as construiremos novamente”, prometeu Netanyahu.
Os principais alvos atingidos pelos cerca de 500-550 mísseis balísticos lançados contra Israel foram o Hospital Soroka de Beersheva, as instalações de petróleo de Bazan em Haifa e o Instituto Weizmann em Rehovot.
Durante os ataques, a infraestrutura essencial permaneceu completamente inalterada, com os sistemas de eletricidade, energia e água totalmente operacionais.
Os sistemas de defesa aérea de Israel interceptaram de 80 a 90% dos mísseis recebidos durante as investidas. Aproximadamente 50 a 60 mísseis atingiram o território Israelense, sendo que oito resultaram em vítimas fatais.
Além disso, o regime lançou mais de 1.000 drones em direção a Israel, mas apenas um conseguiu atingir um alvo, acertando uma casa desocupada na cidade de Beit Shean.
Durante os 12 dias de conflito, as defesas aéreas Iranianas conseguiram derrubar apenas dois drones da Força Aérea Israelense.
“Com a destruição do eixo do mal Iraniano, abriremos um caminho de paz e prosperidade para as nações da região”, disse Netanyahu, prometendo compensar generosamente os cidadãos pelos danos e elevar a economia Israelense “a novos patamares.”
“Quero expressar minha gratidão a vocês, cidadãos de Israel. Este é um momento de orgulho nacional, um momento de unidade, um momento em que todos os cidadãos Israelenses podem se levantar com orgulho e dizer: Juntos, fizemos o inimaginável”, concluiu Netanyahu.
“A nação se levantou como um leão. Am Israel Chai ['o povo de Israel vive']. E com a ajuda de D'us - o povo eterno garantirá a eternidade de Israel.
