Chefe das Forças de Defesa de Israel, Tenente-General Eyal Zamir (Foto: Captura de tela/IDF)
Em uma mensagem de vídeo na noite de quarta-feira, o Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Tenente-General Eyal Zamir, revelou publicamente que unidades de comando Israelenses operaram em solo Iraniano durante os 12 dias da Operação Leão Ascendente.
De acordo com Zamir, essas unidades desempenharam um papel crucial na garantia da “superioridade aérea” das Forças de Defesa de Israel sobre o espaço aéreo Iraniano.
“Conseguimos o controle total dos céus do Irã e de todos os locais onde decidimos operar”, disse Zamir. “Isso foi possível, entre outras coisas, graças à integração e ao trabalho de dissimulação realizado pela força aérea e pelos comandos terrestres.”
“As forças operaram secretamente em território inimigo e criaram liberdade operacional para nós”, disse Zamir.
Mesmo antes dos ataques no interior do Irã, uma operação secreta e trabalhosa já estava em andamento dentro da divisão “Supremacia Iraniana” da Força Aérea Israelense (IAF). A missão tinha como objetivo construir uma compreensão abrangente das capacidades militares do Irã, apoiada por um nível sem precedentes de vigilância de inteligência.
Durante meses, pesquisadores da Seção de Superioridade Aérea da Unidade de Inteligência da IAF trabalharam para neutralizar as defesas aéreas do Irã, a fim de preparar o terreno para as operações surpresa que pegaram os militares Iranianos de baixa guarda.
A unidade localizou e monitorou radares e lançadores Iranianos e desenvolveu um plano para desmantelar os centros de comando e controle na capital Teerã.
O cabo B, um pesquisador de inteligência, disse que o Irã possui um sistema diversificado de defesa aérea.
“Desde sistemas antiaéreos Americanos dos dias do regime anterior, passando por sistemas da Europa Oriental, até a moderna produção doméstica, cujo ritmo de desenvolvimento e implantação se acelerou recentemente, os Iranianos possuem diversos meios de defesa aérea”, explicou ele.
Compreender esses sistemas era necessário para os pilotos da Força Aérea que pilotavam as aeronaves, aqueles que escolhiam o banco de alvos e as forças secretas que trabalhavam atrás das linhas inimigas.
Embora Zamir tenha revelado poucos detalhes das operações, ele expressou admiração pelo apoio das forças armadas dos EUA.
“Nossas conquistas foram reforçadas pelas ações das forças armadas dos Estados Unidos”, observou Zamir. “A ação das forças Americanas foi precisa, poderosa e impressionante.”
O chefe das IDF disse que, durante todo o conflito, ele “manteve contato próximo com o comandante das forças armadas dos Estados Unidos”.
“A coordenação entre os exércitos é um trunfo estratégico para o Estado de Israel”, disse ele.
Zamir disse que os danos às instalações nucleares do Irã são “danos sistêmicos”.
“De acordo com a avaliação da Diretoria de Inteligência das IDF e de nossos especialistas nucleares, os danos ao programa nuclear não são danos localizados, mas sim sistêmicos.”
“Não permitiremos que o Irã produza armas de destruição em massa”, prometeu ele.
O chefe das IDF disse que a operação das IDF foi conduzida com base no seguinte princípio: “Qualquer um que se levantar para te matar, levante-se cedo para matá-lo”.
“A Operação Leão Ascendente terminou, mas a campanha ainda não acabou”, disse Zamir. “Devemos permanecer focados”.