O Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, e o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, em uma coletiva de imprensa conjunta, em 11 de maio de 2025. (Foto: GPO/Rafi Ben Hakun)
Na segunda-feira, os aliados Europeus de Israel conseguiram bloquear uma iniciativa anti-Israel para impor sanções ao país devido à guerra de Gaza iniciada pelo Hamas. Irlanda, Espanha e Eslovênia iniciaram a iniciativa anti-Israel, que também pedia a suspensão do “acordo de associação” entre Israel e a União Europeia. Entretanto, a iniciativa foi bloqueada por estados-membros da UE como Alemanha, Itália, Hungria, Áustria, Romênia, Croácia, Grécia e Lituânia.
A Espanha, que supostamente liderou a iniciativa anti-Israel, não conseguiu garantir a maioria, que é necessária para implementar essa medida diplomática.
O Ministério das Relações Exteriores Israelense em Jerusalém vinha tentando influenciar e organizar proativamente seus aliados na União Europeia antes da votação. O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, conversou recentemente com ministros das Relações Exteriores de governos Europeus amigos sobre o assunto. Sa'ar também tem mantido um diálogo contínuo com o chefe de Política Externa da União Europeia, Kaja Kallas. O principal diplomata de Jerusalém enfatizou que é absurdo punir Israel diplomaticamente enquanto o país está lutando por sua existência contra inimigos que clamam abertamente por sua destruição.
É bem provável que os diplomatas em Jerusalém estejam muito satisfeitos com o resultado. Uma fonte diplomática em Israel argumentou que “o resultado obtido hoje é mais significativo do que a discussão anterior, há cerca de um mês”.
Durante suas conversas com seus colegas da Europa, o ministro das Relações Exteriores Israelense teria enfatizado a forte conexão entre a República Islâmica do Irã e seu representante terrorista, o Hamas, em Gaza.
No sábado, os militares Israelenses anunciaram que haviam eliminado Saeed Izadi, um comandante sênior do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) que chefiava seu “Corpo da Palestina”. Izadi, que foi morto em um ataque aéreo Israelense em um esconderijo na cidade Iraniana de Qom, estava diretamente ligado às atrocidades do Hamas em 7 de outubro de 2023 contra civis Israelenses. Os militares Israelenses avaliaram que o comandante sênior do IRGC foi “um dos arquitetos” do ataque de 7 de outubro e “um dos poucos que sabiam do ataque antes de sua execução”.
Muitos países Europeus têm expressado cada vez mais preocupação com a situação humanitária em Gaza e criticado a ofensiva militar de Israel contra o Hamas. No entanto, parece que a guerra entre Irã e Israel mudou as percepções dentro da União Europeia. Fontes diplomáticas Israelenses afirmaram que "os Europeus estão preocupados com a ameaça Iraniana".
Ao contrário das críticas veementes contra as operações de Israel em Gaza, os principais países da Europa expressaram apoio aberto ou tácito às ações de autodefesa de Israel contra o regime Islâmico radical de Teerã, que clama abertamente pela destruição de Israel.
“Nossa situação diplomática hoje na Europa está melhor”, avaliou a fonte diplomática em Jerusalém.
A Alemanha surgiu como o mais forte aliado Europeu de Israel durante a guerra com o Irã. Em discurso na câmara baixa do parlamento Bundestag, o Chanceler Alemão Friedrich Merz enfatizou que o programa nuclear Iraniano ameaçava o mundo inteiro e não apenas o estado Judaico.
“Não apenas Israel, mas também a Europa e o mundo como um todo estão ameaçados por esse programa nuclear Iraniano”, afirmou Merz, acrescentando que espera que as forças armadas dos EUA e de Israel tenham neutralizado permanentemente a ameaça nuclear Iraniana.
No entanto, o chefe nuclear Iraniano, Mohammad Eslami, prometeu na terça-feira que Teerã reconstruiria seu programa nuclear destruído.
