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Hamas sinaliza flexibilidade nas negociações sobre reféns, Israel insiste que grupo terrorista deponha as armas

Membros das Brigadas Al-Qassam do Hamas entregam reféns Israelenses à Cruz Vermelha, como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, em Rafah, em 22 de fevereiro de 2025. (Foto: Abed Rahim Khatib/Flash90)

Negociadores da organização terrorista Hamas no Egito teriam amenizado algumas das exigências que anteriormente inviabilizaram as negociações sobre os reféns, segundo informaram um diplomata Árabe e uma autoridade Israelense ao jornal The Times of Israel na sexta-feira. Falando sob condição de anonimato, o líder Árabe alertou que, apesar dessa mudança, ainda existem diferenças significativas entre as partes. Um dos principais pontos de discórdia é a recusa do Hamas em depor as armas – uma condição enfatizada por Israel, pelos Estados Unidos e por outros países ocidentais.

Em maio, o enviado dos EUA, Steve Witkoff, apresentou sua proposta para um cessar-fogo de 60 dias e um acordo parcial sobre os reféns. Apesar de ter reservas, Israel aceitou o plano, mas o Hamas o rejeitou, insistindo, em vez disso, no fim completo da guerra que começou com seu ataque terrorista em massa em 7 de outubro, nas comunidades fronteiriças a Gaza, no sul de Israel.

Desde então, mediadores Árabes têm transmitido às autoridades Israelenses que o Hamas pode ter suavizado sua postura. No entanto, autoridades Israelenses teriam respondido que não estão mais interessadas em um acordo parcial. Jerusalém indicou que Israel só cancelará sua operação militar planejada na cidade de Gaza se o Hamas atender às suas principais exigências.

O Primeiro-Ministro Israelense, Benjamin Netanyahu, enfatizou recentemente que Israel não quer o controle de longo prazo de Gaza, mas busca remover o Hamas do poder. As principais exigências Israelenses incluem a libertação dos 50 reféns Israelenses restantes, incluindo os vivos e os mortos; o desarmamento dos ativistas do Hamas; e a desmilitarização de Gaza após a guerra. No entanto, o Hamas permaneceu contra até agora.

Diplomatas Árabes teriam chamado a exigência de desarmamento do Hamas de “pílula venenosa” que prejudicaria as negociações, observando que apenas os militares Israelenses são considerados capazes de realizar tal desarmamento. Além disso, a desmilitarização do enclave provavelmente exigiria a continuidade das operações militares Israelenses, para impedir que o Hamas e outros grupos terroristas tentassem se reagrupar e se rearmar.

Os negociadores Árabes pediram, em vez disso, um desarmamento gradual do Hamas e apresentaram os planos para desarmar o Hezbollah no Líbano como um modelo para o Hamas na Faixa de Gaza. Atualmente, não está claro se o desarmamento do Hezbollah no Líbano será realmente implementado.

O líder do Hezbollah, Naim Qassem, advertiu na sexta-feira que enfrentaria militarmente o governo Libanês se Beirute prosseguisse com sua promessa de desarmar a organização apoiada pelo Irã. Embora o Hezbollah tenha sido significativamente enfraquecido pela guerra com Israel, ele ainda mantém força militar suficiente para desafiar as Forças Armadas do Líbano.

Mediadores do Qatar e do Egito estão supostamente trabalhando para persuadir o Hamas a aceitar a proposta de Witkoff, que havia sido rejeitada anteriormente. Israel, no entanto, indicou que não está mais interessado em acordos parciais, insistindo em um acordo abrangente que garanta a libertação de todos os reféns Israelenses restantes e desmantele o Hamas como uma ameaça à sua segurança.

Os negociadores Árabes esperam que, se conseguirem persuadir o Hamas a aceitar um acordo parcial, Israel possa aceitar a libertação de pelo menos alguns reféns. O Channel 12 News de Israel informou que Netanyahu recebeu um documento “dramático” de uma fonte profissional no qual o Hamas se comprometia por escrito a libertar alguns reféns sem exigir o fim da guerra. Ainda não está claro como Netanyahu respondeu ao suposto documento.

Enquanto os negociadores do Hamas parecem estar ganhando tempo, o tempo está se esgotando para os reféns Israelenses, muitos dos quais correm o risco de morrer de fome e sofrer abusos sistemáticos em cativeiro. No início de agosto, o Hamas divulgou um vídeo de propaganda mostrando o emaciado refém Evyatar David. Dos 50 reféns ainda mantidos em Gaza, acredita-se que cerca de 20 continuem vivos.

The All Israel News Staff is a team of journalists in Israel.

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