O Presidente dos EUA, Donald Trump, levanta o punho ao chegar à Base Conjunta Andrews, Maryland, em 25 de maio de 2025. (Foto: REUTERS/Nathan Howard)
O Presidente dos EUA, Donald Trump, deve declarar um cessar-fogo em Gaza nos próximos dias, de acordo com uma reportagem da Sky News Arabic na manhã de segunda-feira. A reportagem citou fontes anônimas familiarizadas com as negociações lideradas pelos EUA, que supostamente estão sendo conduzidas pelo mediador Palestino-Americano, Bashara Bahbah.
O canal de notícias libanês Al-Mayadeen, afiliado ao Hezbollah, informou que tanto Israel quanto o Hamas estão atualmente avaliando a proposta, que, segundo a reportagem, foi desenvolvida “em cooperação e com a aprovação” de Steve Witkoff, enviado especial de Trump para o Oriente Médio.
No domingo, Trump disse aos repórteres que queria tentar acabar com a guerra.
“Queremos ver se podemos parar a luta”, disse ele, acrescentando: ‘Conversamos com Israel e queremos encerrar toda essa situação o mais rápido possível’.
Os comentários de Trump foram feitos em meio a relatos de que ele havia pedido a Israel que adiasse a expansão de sua campanha militar em Gaza para evitar o colapso das negociações em andamento sobre os reféns. Trump também está supostamente frustrado com a Guerra de Gaza e a falta de resolução, depois de ter prometido acabar com a guerra rapidamente ao assumir o cargo.
Embora as negociações para um acordo sobre reféns, mediadas pelo Qatar e pelo Egito tenham sido interrompidas, um esforço separado de Witkoff e do empresário Norte-Americano-Palestino Bahbah continuou nos bastidores. Os relatórios reiteraram que Washington está exercendo pressão sobre Israel para adiar a expansão dos combates em Gaza, a fim de dar tempo para um avanço diplomático.
No entanto, o governo Israelense já declarou que qualquer negociação com o Hamas seria conduzida “sob fogo”.
De acordo com um relatório da mídia do Egito, a nova proposta envolveria uma pausa de 60 dias nos combates, durante os quais 10 reféns vivos seriam libertados em duas fases - uma no início do cessar-fogo e outra no final. O Hamas também entregaria os corpos de 16 reféns mortos dentro de alguns dias após o início do cessar-fogo. O Hamas também exigiu a entrada de 1.000 caminhões de ajuda humanitária por dia, de acordo com o relatório Egípcio.
Durante o cessar-fogo, as negociações se concentrariam no fim da guerra e no estabelecimento de uma nova autoridade governamental em Gaza.
Outra exigência do Hamas relatada foi que Witkoff e o oficial sênior do Hamas, Khalil al-Hayya, apertassem as mãos publicamente para confirmar o acordo.
O IsraelHayom informou que Israel rejeitou a proposta por considerá-la incompatível com seus objetivos de guerra. Uma autoridade teria dito ao site de notícias: “Nenhum governo responsável em Israel estaria disposto a adotar tal proposta. Ela não indica um desejo real por parte do Hamas de avançar com um tratado de acordo com o plano de Witkoff”.
As Forças de Defesa de Israel acreditam que o Hamas está em uma situação difícil, tendo perdido a maior parte de sua estrutura de comando, sofrido uma destruição generalizada da infraestrutura, enfrentado uma crise econômica e está sob crescente pressão civil para se render.
A IDF acredita que o aumento da pressão pode levar a um colapso por parte do Hamas e, assim, promover um acordo de reféns.
Os militares Israelenses anunciaram que esperam assumir o controle de cerca de 75% da Faixa de Gaza dentro de dois meses, em comparação com cerca de 40% até o momento. Na tarde de domingo, o Ministério das Comunicações do Hamas em Gaza declarou que Israel já controla cerca de 77% do território.
O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse recentemente: "Nós vamos assumir o controle de todos os territórios da Faixa de Gaza".