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Pessimismo generalizado em relação ao mais recente plano de cessar-fogo dos EUA para Gaza, com o Hamas levantando objeções

O Hamas está tentando ganhar tempo, quer incitar o terror na Judeia e Samaria, alerta investigador

O Enviado Especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, visita a “Praça dos Reféns” em Tel Aviv, em 2 de agosto de 2025. Foto de Erik Marmor/Flash90

Fontes Israelenses, bem como autoridades dos países mediadores, expressaram seu pessimismo em relação aos últimos esforços para alcançar um cessar-fogo com o Hamas em Gaza, ao falarem com vários veículos de comunicação na segunda-feira.

A última proposta, que foi novamente elaborada pelo enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, tem “poucas chances” de sucesso, disse uma fonte árabe mediadora ao The Times of Israel.

Enquanto isso, uma autoridade Israelense disse ao Jerusalem Post que a cláusula de que o Hamas teria que libertar todos os reféns no primeiro dia do acordo é particularmente duvidosa.

“O Hamas não vai conceder todos os reféns logo no início; isso é simplesmente irrealista”, disse uma autoridade Israelense ao Post. “A única pergunta que estamos nos fazendo atualmente é se esse diálogo levará a outra série de negociações”, ele acrescentou.

Horas depois de afirmar ter aceitado a exigência do Presidente dos EUA, Donald Trump, de retornar às negociações, autoridades do Hamas disseram que seria impossível libertar todos os reféns de uma só vez, devido à presença das Forças de Defesa de Israel (IDF) em Gaza — na prática, exigindo uma retirada total antes de libertar os reféns.

De acordo com o Canal 12 de Israel, a proposta prevê uma retirada gradual das Forças de Defesa de Israel no início do cessar-fogo, antes que ambas as partes tenham 60 dias para chegar a um acordo sobre os detalhes do desarmamento do Hamas, uma retirada completa e outras questões pendentes.

Fontes do Hamas disseram ao jornal Saudita Asharq Al-Awsat que a proposta de cessar-fogo contém “muitas armadilhas e obstáculos que precisam ser removidos, para que o acordo inclua condições justas que atendam às demandas de todos os lados – especialmente o fim da guerra, que é a questão central para o Hamas e as facções Palestinas”.

O pessimismo surge apesar do Presidente Trump tentar criar a impressão de um rápido progresso com a sua publicação nas redes sociais durante o fim de semana, quando escreveu que Israel já tinha concordado com o acordo.

O Ministro das Relações Exteriores, Gideon Sa'ar, confirmou na segunda-feira que Israel procura chegar a um fim da guerra em Gaza com base na proposta do Presidente Trump e de acordo com os princípios estabelecidos pelo Gabinete de Segurança.

No entanto, uma fonte disse ao Jerusalem Post que há “um diálogo intenso que não existia há algumas semanas”, argumentando que isso em si era “um sinal otimista”.

Na segunda-feira, o genro de Trump, Jared Kushner, e o enviado especial, Witkoff, se reuniram com o Ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, em Miami, para discutir os últimos desenvolvimentos, bem como possíveis cenários para o futuro da Faixa de Gaza.

Kushner assumiu recentemente um papel significativo nesta questão e, juntamente com o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, há duas semanas apresentou a Trump, Witkoff e outras autoridades dos EUA, ideias para o futuro do enclave.

Citando duas fontes bem-informadas, a Axios informou que Trump aprovou as ideias e pediu a Kushner que formulasse um plano detalhado.

Outra possível fonte de otimismo é uma reportagem da Reuters de que o Primeiro-Ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, tem pressionado os líderes políticos do Hamas a “responderem positivamente” à proposta.

Uma autoridade Israelense disse ao Canal 12 que o Hamas precisaria ser convencido de que tanto o Egito quanto o Qatar concordam totalmente com um acordo abrangente antes de assinar.

“O Hamas precisa entender, tanto do Qatar quanto do Egito, que o caminho do acordo parcial não existe mais”, disse o oficial.

No entanto, Yoni Ben Menachem, pesquisador do Centro de Assuntos Públicos de Jerusalém, estimou que o Hamas ainda não está levando as negociações a sério.

“O Hamas está tentando ganhar tempo falando sobre negociações, mas seu objetivo é claro: atrapalhar a conquista da Cidade de Gaza”, ele disse.

“Ele já está se preparando para inflamar a Judeia e Samaria (Cisjordânia) com atentados suicidas, carros-bomba e dispositivos explosivos.”

Ele alertou que o chefe do Hamas na Cisjordânia, Zaher al-Jabarin, a quem chamou de “o pai dos carros-bomba e cintos explosivos”, ativaria células adormecidas em toda a Judeia e Samaria.

“Devemos derrotar o Hamas em Gaza rapidamente para que possamos nos voltar para a campanha na Cisjordânia”, disse Ben Menachem.

The All Israel News Staff is a team of journalists in Israel.

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