Estudantes da Universidade Ben Gurion, em Beer Sheba. 4 de novembro de 2025. Foto de Liron Moldovan/Flash90
Um novo relatório da OCDE revela que os altos níveis de qualificação e educação em Israel não se traduzem em empregos e salários de qualidade, com uma diferença significativa em comparação com outros países, conforme publicado nesta terça-feira de manhã.
O último relatório, OECD Skills Outlook 2025, mostra que as diferenças nos níveis de qualificação não são acidentais, mas decorrem de condições socioeconômicas e, na maioria dos casos, se aprofundam ao longo da vida de uma pessoa. No entanto, o relatório enfatiza que isso não é uma conclusão inevitável e que a rápida transformação do mundo do trabalho, na verdade, abre oportunidades para mobilidade e para diminuir as diferenças. O relatório também constata que as diferenças de gênero no mercado de trabalho quase não diminuem, mesmo diante de melhorias nas habilidades.
O relatório indica claramente que os níveis de qualificação também derivam dos níveis de educação: quanto mais alto o nível de educação, maior a probabilidade, na maioria dos casos, de uma integração mais eficaz no mercado de trabalho, com implicações para a qualidade do emprego e os níveis salariais. Em contrapartida, em Israel, o nível de educação tem um impacto relativamente limitado nos níveis de qualificação em comparação com outros países e não garante uma integração de alta qualidade no mercado de trabalho ou salários mais elevados.
Enquanto em outros países da OCDE há uma ligação forte e consistente entre níveis mais altos de educação e um salto significativo nas habilidades de raciocínio quantitativo, em Israel o impacto é mais limitado. Nos níveis intermediários de educação (estudos secundários superiores e cursos profissionais e acadêmicos pós-secundários), a contribuição adicional para as habilidades é relativamente baixa. No ensino superior de ciclo curto e no nível de bacharelado e acima, a contribuição adicional é muito maior — o que significa que, em Israel, o ensino superior fortalece as habilidades, mas nos estágios intermediários a educação formal acrescenta menos habilidades quantitativas do que em muitos outros países da OCDE.