Ilustração: O Embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, discursa na conferência Muni Expo 2025, em Tel Aviv, em 15 de julho de 2025. Foto de Avshalom Sassoni/Flash90
Após uma disputa de meses sobre vistos, que se tornou pública de forma dramática na semana passada, o Embaixador dos EUA Mike Huckabee anunciou que a Embaixada dos EUA, o Ministério do Interior de Israel e o Gabinete do Primeiro-Ministro chegaram a um acordo sobre a questão dos vistos, a qual havia limitado as atividades das organizações evangélicas em Israel.
“Chegou-se a uma solução satisfatória para todas as partes. As organizações Cristãs Evangélicas ativas em Israel, as quais representam a grande maioria dos Sionistas no mundo hoje, receberão todos os vistos de que precisam por meio de um processo de solicitação simplificado e eficiente”, disse Calev Myers, advogado das organizações, ao ALL ISRAEL NEWS na segunda-feira.
À noite, Huckabee escreveu em sua conta no 𝕏 que “a questão relativa aos vistos para organizações Evangélicas Americanas foi totalmente resolvida. A partir de janeiro, uma mudança na forma como os vistos para organizações Cristãs eram processados há décadas, causou sérios desafios burocráticos e financeiros para os grupos”.
A questão ganhou repercussão pública quando os meios de comunicação de Israel revelaram uma carta com palavras incomumente duras enviada por Huckabee ao Ministério do Interior e a outros líderes, na qual ele ameaçava declarar Israel como um Estado que não acolhe organizações Cristãs Evangélicas e retaliar com a retenção de vistos para Israelenses.
Huckabee explicou que, ao chegar como embaixador no início deste ano, descobriu que o novo processo havia causado “atrasos, custos e encargos significativos com a burocracia”.
Ele acrescentou que pensava que a questão havia sido resolvida após uma reunião com o Ministro do Interior, Arbel há vários meses.
Myers também confirmou à AIN que os problemas enfrentados pelas organizações, as quais, de acordo com a carta de Huckabee, incluíam a Convenção Batista de Israel, a Aliança Missionária Cristã e as Assembléias de Deus, eram semelhantes aos supostamente resolvidos pelo ministério em 2023.
Quando as organizações relataram que ainda estavam enfrentando problemas, Huckabee disse que informou o gabinete do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu e “salientou o quanto isso era prejudicial para as relações do Estado de Israel com a comunidade evangélica Americana”.
O Jewish Insider (JI), que foi o primeiro a noticiar a história, citou uma fonte do Gabinete do Primeiro-Ministro que enfatizou que Israel “não tem absolutamente nenhum interesse em minar a liberdade [dos trabalhadores e voluntários de organizações Cristãs] que vêm a Israel... Nós valorizamos os evangélicos. É muito lamentável que haja um problema e obviamente temos que resolvê-lo”.
“As organizações Cristãs não pediram, em nenhum momento, tratamento diferente ou especial, mas apenas o retorno ao que tem sido um processo eficiente e satisfatório por muitos anos”, disse o embaixador.
Além disso, o JI foi informado por uma fonte próxima ao embaixador que sua carta vazou e não tinha a intenção de ser revelada publicamente.
“Estou muito feliz em informar que a questão foi resolvida para satisfação de todos, e que o forte apoio que Israel desfruta dos evangélicos dos Estados Unidos continuará”, concluiu Huckabee.
“Estou convencido de que o Ministro do Interior não estava totalmente ciente da mudança que estava sendo imposta, e sou grato por ele ter intercedido pessoalmente para restaurar completamente o processo de longa data”, ele acrescentou.
“Os Cristãos dos Estados Unidos são alguns dos mais fortes apoiadores de Israel, e a resolução desta questão entre amigos é um resultado bem-vindo.”