Helena Croft visitando o local memorial do Festival Nova (Foto: Paul Calvert)
Enquanto caminha pelo terreno do Nova Festival, no sul de Israel, Helena Croft, M.B.E. da Kingdom Faith em Londres, compartilha suas reflexões em uma entrevista com o jornalista Cristão Paul Calvert, a poucos passos do antigo palco principal.
Os campos tranquilos contrastam com as imagens das muitas vidas jovens perdidas em 7 de outubro. Cercada por fileiras e mais fileiras de fotografias e memoriais feitos à mão, Croft descreve o impacto emocional com extrema honestidade: “É muito comovente. Também é muito chocante, porque há centenas e centenas de imagens de jovens cujas vidas foram brutalmente tiradas naquele dia”.
O local inclui homenagens com papoulas, relatos e mensagens pessoais, bem como um contêiner de lixo onde as vítimas se esconderam por horas antes de serem descobertas pelos terroristas. Croft diz que os visitantes não podem ajudar, mas sentem o peso do que aconteceu ali e, para ela, ver isso em primeira mão ressalta a importância de levar seus grupos de turistas para testemunhar a verdade perturbadora por si mesmos.
Seu grupo — viajando em conjunto com a ICEJ e a Kingdom Faith — visitou o kibutz Be’eri, onde a devastação deixou Croft abalada. Ela se lembra de passar por casas destruídas e escombros enegrecidos, dizendo: “E ainda assim, o estado dos prédios literalmente destruídos, buracos de balas por toda parte... as casas saqueadas, apenas devastação em todas as frentes. E isso me deixou realmente, me deixa realmente com raiva, pura maldade em ação. E alguns dos ataques, não são apenas alguns buracos de balas. É como um ataque frenético, onde em cada cômodo há buracos de balas do chão ao teto.”
Croft está profundamente preocupada com o aumento do antissemitismo na Grã-Bretanha. Ela exorta os Cristãos a tomarem uma posição ativa com seus vizinhos Judeus, insistindo: “Vão à sinagoga local, digam ao rabino, digam à comunidade Judaica local que vocês os apoiam, que estão ao lado deles, que estão orando por eles.” Ela reconhece que muitas famílias Judaicas não se sentem mais seguras e sugere uma profunda falha da liderança pública, acrescentando que “No final das contas, Deus transformará tudo para o bem e cumprirá Sua palavra... e tenho certeza de que isso é, em parte, Sua profecia, mas para a comunidade Judaica em Londres, você sabe, a polícia dizendo que não pode mantê-los seguros, bem, isso não é certo em uma democracia.”
Croft também é fundadora e diretora da Streetlight UK. A organização trabalha para acabar com a violência sexual e a exploração de mulheres vulneráveis, e apoia aquelas envolvidas na prostituição a recuperar o controle de suas vidas e encontrar soluções alternativas. Sua função lhe dá uma perspectiva com conhecimento de causa que, compreensivelmente, alimenta sua indignação com os crimes sexuais documentados cometidos contra mulheres Israelenses em 7 de outubro e a falta de resposta de outras organizações de direitos das mulheres.
Clique abaixo para ouvir a entrevista completa de Paul Calvert com Helena Croft.
