Koby Peled junto à piscina memorial (Foto cedida pela Kuku trip)
Koby Peled, um blogueiro de viagens de Israel conhecido online como “Kuku trip”, decidiu visitar uma área remota no deserto da Judeia, localizada entre Jerusalém e o Mar Morto. Uma iniciativa em memória do falecido soldado do Exército de Defesa de Israel, Sargento Yehuda Peretz, transformou a área árida próxima à comunidade Israelense de Maale Michmash em uma atraente piscina natural com árvores e bancos ao redor.
“A piscina fica em um pequeno canal abaixo de Mitzpe Dani, entre Nahal Michmash e Nahal Prat”, disse Peled em entrevista ao site de notícias Ynet News. “É um riacho sem nome, e o acesso mais próximo a ele é Nahal Makuch. É uma cadeia de piscinas naturais que a natureza esculpiu na rocha ao longo de centenas de milhares de anos. Quando uma rara enchente ocorre, as piscinas se enchem de água, mas em tempos normais e durante as estiagens elas permanecem secas”, ele explicou.
O blogueiro de viagens revelou que os moradores locais decidiram melhorar o local da bacia com um projeto hídrico em homenagem a Peretz, que estava se casando e morreu tragicamente em um acidente de carro no ano passado.
“Os moradores locais queriam homenagear um jovem”, disse Peled. “Então, eles instalaram tubos vindos da comunidade acima e canalizaram água para a piscina”, ele continuou.
Koby Peled (Photo: Sozial Media/Facebook)
“É uma piscina real, só que seca. Se houvesse uma enchente, ela se encheria. Mas este é um riacho que só leva água uma vez a cada muito tempo. Os moradores locais simplesmente aproveitaram a natureza e encheram uma piscina natural, para que a água não se infiltrasse no solo e se transformasse em uma bela bacia natural.”
Peled descreveu o ambiente natural árido:
“É uma área completamente desértica, exatamente como você imagina – amarela, seca, ampla e aberta. Há um cânion limpo e estreito e, de repente, há água. É uma piscina relativamente grande e, ao redor dela, você vê uma vegetação inesperada no meio do deserto. É surreal: você caminha pelo deserto amarelo, cheio de espinhos e arbustos secos, e de repente há árvores verdes. Ver uma árvore no meio do deserto é estranho. Além de regar as árvores, eles adicionaram bancos e criaram um pequeno local onde você pode permanecer sentado na natureza.”
A piscina natural está atraindo cada vez mais saltadores radicais. No entanto, Peled recomenda que os visitantes observem as regras básicas de segurança.
“Antes de saltar em qualquer fonte de água natural, eu sempre entro com cuidado para verificar a profundidade”, ele explicou. “É importante não agir de forma imprudente. Alguns lugares não mudam, como grandes riachos, mas este é um local novo, então eu entro, dou um mergulho, verifico os pontos mais profundos, procuro pedras ou qualquer perigo e só então decido se vou pular. Também verifico se é necessário usar sapatos; às vezes há pedras. Pular com sapatos é bom, mas ir descalço pode ser mais complicado.”
No entanto, ele acredita que a experiência é, em última análise, gratificante.
“A água é fria”, ele disse, sorrindo. “Não é gelada, mas é muito fria. Outras pessoas podem sentir isso ainda mais. O contraste entre o calor lá fora e a água fria é revigorante. Depois, você se senta em um banco ao sol, se aquece e seca rapidamente. É bom.”
Como a área natural está localizada além da Linha Verde, na Judeia e Samaria (Cisjordânia), há também uma questão de segurança relacionada à visita à bacia.
Peled recomenda que os visitantes em potencial parem e estacionem na comunidade vizinha de Mitzpe Dani.
“Antes de ir para a piscina, o melhor lugar para começar e estacionar é Mitzpe Dani”, ele revelou. “Fica perto da piscina, o estacionamento fica dentro da comunidade e os soldados mantêm uma presença visível de segurança.”
O Deserto da Judéia desempenhou um papel crucial na história Judaica antiga. Com vista para o Mar Morto, a Fortaleza de Masada foi palco de um dramático cerco romano aos rebeldes Judeus que se esconderam na fortaleza do deserto em 74 a.C.
