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O Embaixador Huckabee exige investigação do “assassinato terrorista” de Palestino-Americano morto em confrontos com colonos Judeus

O uso de linguagem forte por Huckabee pode indicar uma disposição de Trump em abordar a violência dos colonos

O Embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, discursa na conferência Muni Expo 2025, em Tel Aviv, em 15 de julho de 2025. Foto de Avshalom Sassoni/Flash90

O Embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, pediu ao governo de Israel que “investigue com rigor” o assassinato de um palestino-americano, que teria sido espancado até a morte em confrontos entre palestinos e colonos judeus na última sexta-feira.

“Solicitei a Israel que investigue com rigor o assassinato de Saif Mussallet, um cidadão dos EUA que visitava a família em Sinjil quando foi espancado até a morte. É preciso que haja responsabilização por esse ato criminoso e terrorista. Saif tinha apenas 20 anos”, escreveu Huckabee em uma postagem no 𝕏 na terça-feira.

Huckabee referiu-se a Mussallet pelo seu apelido “Saif” na declaração que se seguiu ao pedido da família de Mussallet para que o governo dos EUA se envolvesse no caso.

“Este é um pesadelo inimaginável e uma injustiça que nenhuma família deveria ter de enfrentar”, afirmou a família Mussallet numa declaração após o assassinato. 

“Exigimos que o Departamento de Estado dos EUA conduza uma investigação imediata e responsabilize os colonos Israelenses que mataram Saif por seus crimes. Exigimos justiça.”

De acordo com a família, Saif Mussallet, em férias de Tampa na Flórida, estava visitando parentes nos Territórios Palestinos durante o verão.

O comentário de Huckabee parece ser sua primeira declaração oficial sobre a violência em curso entre colonos e palestinos na Judeia e Samaria.  Huckabee, há muito, apoia o direito de Israel de anexar o território e tem se oposto àqueles que contestam os direitos dos Israelenses de viver no território disputado.

Ao chamar o assassinato de “homicídio” e “ato criminoso e terrorista”, Huckabee adotou um tom incomumente forte, o que pode indicar que o governo do Presidente Donald Trump está prestes a levantar a questão da violência dos colonos, com o governo Israelense.

O confronto entre colonos Israelenses e Palestinos perto de Sinjil ocorreu na sexta-feira e durou várias horas.

Há relatos contraditórios sobre como o incidente começou, com colonos Judeus em um posto avançado ilegal com vista para Sinjil afirmando que um grupo de Palestinos se aproximou do assentamento na manhã de sexta-feira e começou a atirar pedras em pastores perto do posto avançado, ferindo vários.

O conflito se intensificou depois que os colonos aparentemente pediram ajuda a outros colonos, e os dois lados começaram a lutar entre si, o que durou várias horas até que as autoridades de segurança chegaram e começaram a dispersar os dois grupos.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram uma declaração sobre o confronto na noite de sexta-feira, que parecia apoiar as alegações dos colonos de que o incidente começou com Palestinos atacando colonos no posto avançado ilegal.

“Hoje cedo (sexta-feira), terroristas atiraram pedras contra civis israelenses adjacentes a Sinjil. Como resultado, dois civis Israelenses ficaram levemente feridos”, disse o comunicado.

“Pouco depois, um confronto violento se desenvolveu na área, envolvendo Palestinos e civis Israelenses, que incluiu vandalismo de propriedade Palestina, incêndio criminoso, confrontos físicos e arremesso de pedras.”

As IDF disseram que estavam “cientes dos relatos sobre um civil Palestino morto e vários Palestinos feridos como resultado do confronto, e que eles estão sendo investigados pela ISA e pela Polícia Israelense.”

Os militares também afirmaram que suas forças “utilizaram meios de dispersão de tumultos em resposta ao confronto violento, e todos os manifestantes se dispersaram”.

De acordo com as autoridades Palestinas, Mussallet foi encontrado espancado até a morte após as IDF dispersarem os grupos, e o corpo de outro palestino, Mohammed al-Shalabi, foi encontrado com um ferimento à bala e sinais de espancamento.

Até quarta-feira, não havia sido efetuada nenhuma prisão relacionada aos assassinatos. Dois menores Israelenses foram detidos para interrogatório sobre o incidente, mas foram posteriormente libertados e colocados em prisão domiciliar. De acordo com os meios de comunicação de Israel, eles não são suspeitos das mortes.

Um soldado da reserva também foi interrogado sobre o tiroteio durante o incidente, mas também foi liberado posteriormente.

Os meios de comunicação de Israel informam que as autoridades Palestinas se recusaram a entregar os corpos para a realização de uma autópsia, o que provavelmente afetará negativamente a investigação.

Eitan Fischberger, um escritor independente Israelense que frequentemente realiza investigações sobre tais incidentes usando “inteligência de fonte aberta” (OSINT), observou que o grupo terrorista Hamas divulgou uma imagem em homenagem a Mussallet, chamando-o de mártir.

A divulgação do gráfico não indica necessariamente filiação ao Hamas, já que o grupo terrorista é conhecido por divulgar gráficos semelhantes após a morte de Palestinos não afiliados à organização terrorista.

Outra conta nas redes sociais Israelenses, Gal G., Adv., operada por um advogado em Israel que frequentemente publica reportagem sobre a situação na Judeia e Samaria, observou que até mesmo a agência de mídia Wafa, afiliada à Autoridade Palestina, disse que os manifestantes Palestinos haviam planejado o ataque ao posto Judaico avançado ilegal, na esperança de “remover um posto avançado”.

Tanto as autoridades Palestinas quanto os líderes dos assentamentos Judaicos no Conselho Regional de Binyamin e no Conselho Yesha estão pedindo uma investigação completa do incidente.

The All Israel News Staff is a team of journalists in Israel.

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