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Memorando de Sinwar expõe ordem direta do líder do Hamas para atacar e matar civis israelenses

Líder sênior do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, fala durante conferência na cidade de Gaza — 4 de novembro de 2019. Foto de Abed Rahim Khatib / Flash90

O New York Times noticiou, no sábado, que uma unidade militar especial israelense descobriu uma cópia digitalizada do memorando manuscrito de Yahya Sinwar, no qual o falecido líder do Hamas ordenava, explicitamente, aos membros do grupo terrorista que atacassem e assassinassem civis israelenses durante o massacre de 7 de outubro de 2023. A cópia do memorando de seis páginas do líder do Hamas teria sido encontrada, em um computador, dentro de um complexo subterrâneo usado pelo irmão mais novo de Sinwar, Mohammed Sinwar. 

A carta, datada de 24 de agosto de 2022 e escrita em árabe, exorta os terroristas do Hamas a transmitirem as atrocidades cometidas durante o massacre. 

“É preciso ratificar aos comandantes das unidades que realizem essas ações intencionalmente, filmem-nas e transmitam as imagens o mais rápido possível”, afirma a carta de Sinwar. Ao filmar e transmitir o massacre, Sinwar queria espalhar o medo e a instabilidade no Estado judeu. 

Além disso, o Hamas também queria transmitir as atrocidades para o mundo inteiro, o que, de fato, eles fizeram, em tempo real, durante a invasão e o ataque a civis no sul de Israel. Outros comandantes do Hamas também emitiram instruções para documentar e transmitir o massacre. 

“Documentem as cenas de horror, agora, e transmitam-nas pelos canais de TV para que o mundo inteiro veja”, ordenou o comandante do Hamas Abu al-Baraa, da cidade de Gaza, aos seus agentes na área do kibutz Sa'ad, de acordo com uma mensagem interceptada por Israel. 

A mensagem do comandante do Hamas apelava, explicitamente, ao genocídio do povo judeu. 

“Massacrem-nos. Acabem com os filhos de Israel.” 

A descoberta do memorando de Sinwar é importante porque, desde o massacre do 7 de outubro, os líderes do Hamas negam que o grupo terrorista tenha mirado civis israelenses intencionalmente, alegando, de forma materialmente incorreta, que apenas alvos militares foram atacados.

O crescente fenômeno de negação do massacre do 7 de outubro tem sido comparado à negação do Holocausto.

Em março de 2025, o Reino Unido divulgou um relatório detalhado e inovador sobre o massacre do 7 de outubro, sob a liderança do proeminente historiador britânico Andrew Roberts. O objetivo do relatório era documentar as atrocidades contra civis israelenses para as gerações futuras. 

Em seu memorando, Sinwar ordenou que seus agentes entrassem em bairros residenciais israelenses e incendiassem as casas “com gasolina ou diesel de um caminhão-tanque.”

“Duas ou três operações devem ser planejadas para incendiar um bairro inteiro, um kibutz ou algo semelhante”, escreveu Sinwar em seu memorando. 

Sinwar também ordenou que os terroristas do Hamas cometessem atos de crueldade contra soldados israelenses. 

“Pisem nas cabeças dos soldados”, afirma o memorando. Ele ainda listou “atirar em soldados à queima-roupa, massacrá-los com facas e explodir tanques” como ações que os terroristas Nukhba do Hamas deveriam realizar durante o ataque. 

Posteriormente, as forças armadas israelenses interceptaram uma mensagem de um comandante do Hamas, a qual revelou que os terroristas cumpriram as ordens de Sinwar durante o ataque do 7 de outubro. 

O oficial do Hamas Abu Muhammed instruiu seus agentes: “Comecem a incendiar casas.”

“Queimem, queimem”, ele exortou, de acordo com as mensagens interceptadas. “Quero que todo o kibbutz esteja em chamas”, continuou ele. 

O líder do Hamas, Abu al-Abed, emitiu instruções semelhantes aos seus subordinados durante o 7 de outubro. “Incendeiem tudo.”

Em outra mensagem interceptada por Israel, o oficial do Hamas Abu Muath ordenou aos seus agentes que “matassem todos na estrada... Matassem todos que encontrassem”. Ele também pediu que fizessem reféns. 

“Homens, façam muitos reféns... Façam muitos reféns”, repetiu Muath.

Izzat al-Rishq, que chefia o escritório de mídia do Hamas no Catar, recusou-se, até agora, a comentar a reportagem do New York Times sobre o memorando revelador de Sinwar. 

Depois de se esconder por um ano após as atrocidades que ordenou, Yahya Sinwar foi morto em outubro de 2024, em um tiroteio com as forças israelenses na cidade de Rafah, ao sul de Gaza. Mohammed Sinwar, que assumiu a liderança do Hamas em Gaza após a morte de seu irmão, foi eliminado em um ataque aéreo israelense em maio deste ano.

Soldados das FDI transportam o corpo do líder do Hamas, Yahya Sinwar, depois de morto num tiroteio em Gaza, a 17 de outubro de 2024 (Redes sociais - usado ao abrigo da secção 27A da lei dos direitos de autor)

The All Israel News Staff is a team of journalists in Israel.

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