Ilustração: Navio da Marinha Israelense dispara míssil durante operações no mar. (Foto: IDF)
A Marinha Israelense atacou várias docas no porto de Hodeidah, controlado pelos Houthis, na manhã de terça-feira, de acordo com reportagens do canal de notícias via satélite al-Masirah, ligado aos rebeldes.
Os ataques ocorreram após avisos emitidos pelo porta-voz em língua Árabe das Forças de Defesa de Israel, Coronel Avichay Adraee, na noite de segunda-feira, pedindo que civis evacuassem três locais no território controlado pelos rebeldes Houthis no Iêmen.
Em uma mensagem aos residentes, Adraee alertou sobre ataques a três portos: Ras Isa, Hodeidah e Al-Salif.
“Devido ao uso de portos marítimos pelo regime terrorista Houthi para suas atividades terroristas, pedimos a todos os que estão presentes nesses portos que evacuem e fiquem longe deles para sua própria segurança até novo aviso”, alertou o coronel Adraee. “Evacuar os portos irá mantê-los seguros.”
Após os ataques aos três portos, o Coronel Adraee disse que os ataques “vieram em resposta aos ataques agressivos realizados pelo regime terrorista Houthi contra o Estado de Israel, onde lança mísseis terra-terra e drones em território Israelense”.
As IDF justificaram o ataque, observando que “o porto de Hodeidah é usado para transportar equipamento de combate”.
“O regime terrorista Houthi tem atuado agressivamente ao longo do último ano e meio, com orientação e financiamento Iranianos, para atacar o Estado de Israel e seus aliados, desestabilizar a região e perturbar a liberdade de navegação internacional”, observou Adraee.
“As IDF estão determinadas a continuar a desferir golpes poderosos contra qualquer pessoa que represente uma ameaça aos cidadãos do Estado de Israel, independentemente da distância”, continuou ele.
As IDF afirmaram que os ataques representam a primeira utilização dos seus barcos de mísseis navais para levar a cabo um ataque contra os Houthis. Anteriormente, as forças armadas recorriam à Força Aérea Israelense (IAF) para realizar bombardeios direcionados contra locais Houthi.
Nasr al-Din Amer, Vice-Presidente da Autoridade de Mídia Ansar Allah, postou duas respostas aos ataques nas redes sociais, reconhecendo que unidades navais foram utilizadas no ataque, que, segundo ele, envolveu dois mísseis no ataque a Hodeidah.
Amer também afirmou que o uso de forças navais significava que as defesas aéreas Houthi eram poderosas demais para a IAF. Ele citou relatos da mídia dizendo que um caça dos EUA quase foi abatido pelos rebeldes, perguntando: “Os céus do Iêmen estão fechados para aeronaves Americanas, Sionistas e outras?!”
Em uma postagem posterior, Amer também afirmou que os ataques de Israel “não tiveram impacto significativo em nossas operações de apoio a Gaza, nem nos preparativos para a escalada e expansão das operações nas profundezas da entidade inimiga Sionista, se Deus quiser”.
“Isso não vai suspender o bloqueio naval do Iêmen que levou ao fechamento total do porto de Umm al-Rashrash [Eilat], nem vai suspender a proibição do Aeroporto de Lod [Ben Gurion], que forçou a maioria das companhias aéreas internacionais a parar de operar nos aeroportos do inimigo. Não tem impacto nem mesmo no moral do nosso povo, que sai às ruas semanalmente aos milhões em apoio a Gaza”, afirmou.
Desde o início da Guerra das Espadas de Ferro, após os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, os Houthis lançaram repetidamente mísseis e drones contra Israel em apoio ao Hamas. O mais recente lançamento de mísseis balísticos pelos Houthis ocorreu na segunda-feira. No entanto, o míssil não conseguiu atingir o espaço aéreo Israelense e não disparou alertas em Israel.
Os rebeldos Houthis também lançaram vários ataques contra navios que cruzavam o Golfo de Aden e o Mar Vermelho. Após repetidos ataques dos Estados Unidos e seus aliados, incluindo a Grã-Bretanha, os Houthis restringiram os ataques a navios afiliados a Israel.
