Chefe do Estado-Maior, Tenente-General Eyal Zamir, com oficiais das Forças de Defesa de Israel (IDF) da Brigada Kfir e do Corpo Blindado durante operações em Khan Yunis. (Foto: IDF)
Em preparação para o início da Operação Carruagens de Gideão II, as Forças de Defesa de Israel (IDF) começaram a reposicionar unidades na Faixa de Gaza.
No domingo, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que tropas da 401ª Brigada, sob o comando da 162ª Divisão, retornaram ao combate na cidade de Jabaliya, no norte de Gaza. Os soldados se concentraram em desmantelar a infraestrutura do Hamas e preparar a área para um maior controle das IDF.
Fontes Palestinas relataram ataques das IDF na área de Deir al-Balah, nos arredores do centro de Gaza, que teriam resultado na morte de três pessoas. As fontes também relataram a destruição de várias estruturas em Jabaliya, pelas forças de engenharia de combate das IDF.
O canal de notícias saudita al-Hadath informou na segunda-feira de manhã que um grande número de residentes foi visto evacuando a cidade de Gaza durante a noite, antes das operações previstas pelas IDF na região.
De acordo com uma reportagem do Channel 12 News, cronogramas claros para o início da Operação Gideon's Chariots II foram apresentados em reuniões recentes do gabinete. As ordens de convocação dos reservistas devem ser concluídas no início de setembro, com as forças atingindo prontidão total dentro de uma a duas semanas. Com base nesse cronograma, as IDF poderiam lançar a operação em grande escala em meados de setembro.
O Canal 12 informou que o governo Israelense busca acelerar o início da operação, enquanto as IDF enfatizaram a necessidade de responsabilidade e discrição. Os militares também enfatizaram a necessidade de se preparar para a evacuação da população civil da Cidade de Gaza, planejando operações para minimizar os riscos aos reféns Israelenses e aumentando os esforços humanitários em outras partes da Faixa de Gaza.
No domingo, as IDF anunciaram que coordenaram a entrega de 111 paletes de ajuda humanitária para lançamento aéreo no enclave, numa operação que envolveu a ajuda da Jordânia, dos Emirados Árabes Unidos, da Alemanha e da Indonésia.
O Gabinete de Segurança deverá reunir-se na terça-feira para discutir duas questões importantes: a aprovação final do plano das Forças de Defesa de Israel (IDF) para conquistar a Cidade de Gaza, juntamente com uma reunião sobre a renovação das negociações para o cessar-fogo e a libertação dos reféns, com a possibilidade de um acordo abrangente para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza.
Atualmente, não há negociações ativas, mas relatos na mídia Hebraica indicam que, nos próximos dias, um novo local será anunciado para a retomada das negociações. As negociações devem ser realizadas em uma cidade Europeia ou em um dos países do Golfo, mas não no Qatar, sinalizando uma mudança da proposta Witkoff para um acordo abrangente que acabaria com a guerra e garantiria o retorno de todos os reféns Israelenses.
O Channel 13 News informou na noite de domingo que, durante uma visita à base naval de Haifa, o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Eyal Zamir, instou o Primeiro-Ministro Netanyahu a aproveitar a atual proposta de cessar-fogo e libertação dos reféns, citando o risco para os reféns decorrente do plano de tomada da cidade de Gaza.
“Há um acordo em cima da mesa, é o plano Witkoff melhorado”, disse Zamir, segundo relatos. “Tem que ser aceito. As IDF trouxeram as condições para um acordo sobre os reféns; agora está nas mãos de Netanyahu. Há um grande risco para a vida dos reféns na ocupação da cidade de Gaza.”
Enquanto isso, no domingo, o jornal do Qatar Al-Arabi Al-Jadeed (O Novo Árabe) informou que o exército do Egito aumentou sua presença na fronteira com Gaza, temendo repercussões humanitárias e militares da operação das IDF para ocupar a Cidade de Gaza.
De acordo com essa reportagem, as forças de segurança do Egito estimam que a atividade das IDF forçará aproximadamente um milhão de Palestinos a fugir para a fronteira sul de Gaza, aumentando a preocupação de que alguns possam tentar cruzar para o Egito.
“Este cenário é visto no Egito como uma ameaça direta à segurança nacional”, disse uma fonte Egípcia ao jornal do Qatar. “Isso transferiria um enorme fardo humanitário e de segurança para o Sinai e deslocaria a crise para o território Egípcio. O Cairo teme que Israel explore o caos resultante da guerra para estabelecer sua política de ‘transferência’, transformando o sul de Gaza em um ponto de parada temporário, antes de tentar empurrar os civis para a passagem de Rafah.”