Syria’s interim President Ahmed al-Shara attends an interview with Reuters at the presidential palace, in Damascus, Syria March 10, 2025. (Photo: REUTERS/Khalil Ashawi)
Em meio a crescentes rumores sobre um acordo entre a Síria e Israel, Shadi Martini, ativista político Sírio que anteriormente administrou um hospital na cidade de Aleppo e é CEO da Multifaith Alliance, visitou o parlamento Israelense, o Knesset, na quarta-feira.
Durante sua visita, ele disse: “Recentemente, encontrei-me com o Presidente Sírio Al-Sharaa. Conversamos longamente sobre Israel. Uma das coisas que o Presidente Al-Sharaa disse foi: ‘Só temos uma oportunidade como esta uma vez em cada século. A janela de oportunidade não permanecerá sempre aberta’”.
Martini fez estas declarações num evento de um novo grupo de influência que promove um acordo de segurança regional, liderado pelos membros do Knesset Gilad Kariv, Ram Ben Barak e Alon Schuster.
O canal Libanês Al Mayadeen, próximo ao Irã, noticiou hoje, citando fontes diplomáticas, que autoridades de Israel estão coordenando com os aparatos de segurança do governo de Al-Sharaa em Damasco.
De acordo com essas fontes, al-Sharaa desistiu da exigência de devolver as Colinas de Golã à Síria em troca do apoio de Israel ao seu regime. Em breve, três zonas tampão (de segurana) deverão ser declaradas no sul da Síria – em Daraa, Quneitra e Sweida.
De acordo com a reportagem, como parte desse acordo, o exército Sírio evacuará suas armas pesadas do sul da Síria, e as forças de segurança Sírias só poderão circular nessas áreas com armas leves. Essas informações não foram confirmadas por outras fontes.
Uma fonte Síria familiarizada com os detalhes disse à Kan News na semana passada que, do ponto de vista do regime Sírio, a primeira etapa no estabelecimento de relações com Israel seria chegar a um acordo de segurança baseado no acordo de retirada de 1974, segundo o qual Israel se retiraria dos territórios que invadiu no sul da Síria.
De acordo com essa fonte, certas cláusulas do acordo original poderiam ser alteradas, como o envio de forças norte-americanas em vez de forças da ONU. A segunda fase, a longo prazo, deve basear-se na primeira fase e incluir o estabelecimento de relações diplomáticas. No entanto, isso exigiria um acordo abrangente e discussões aprofundadas.
Foi também noticiado que Israel manteve conversações diplomáticas secretas de alto nível com a Rússia sobre a questão Iraniana e sobre a Síria. Estas conversações tiveram lugar cerca de uma semana após o fim da campanha contra o Irã e depois de a Rússia se ter oferecido como mediadora nas negociações entre o Irã e Israel.
