Charlie Kirk (Foto: Redes sociais/Facebook)
O governo Israelense está implementando mudanças em sua comunicação internacional, com base nas recomendações do ativista político Cristão Evangélico Charlie Kirk, de acordo com reportagens da mídia Israelense.
Quase três meses após o assassinato de Kirk, o Ministério das Relações Exteriores, liderado pelo Ministro das Relações Exteriores Gideon Sa'ar e em cooperação com o Gabinete do Primeiro-Ministro, começou a abordar algumas das preocupações que Charlie Kirk levantou na última carta que enviou ao Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu. Nessa carta, Kirk destacou a tendência crescente dos jovens serem mais simpáticos à posição do Hamas.
Ele relatou que, em eventos em campus universitários em toda a América, que muitas vezes atraíam milhares de estudantes, ele recebia cada vez mais perguntas sobre Israel e sua conduta em Gaza com base em narrativas anti-Israel, frequentemente encontradas online.
Kirk observou que, embora Israel estivesse lutando com sucesso uma guerra em sete frentes na arena militar, estava “perdendo a guerra da informação”. Ele observou que o país parecia estar conduzindo suas relações com a mídia sob a filosofia de “todos já nos odeiam, então de que adianta tentar?”.
Em suas recomendações, Kirk aconselhou Israel a não confiar nos defensores pró-Israel dos EUA, mas, em vez disso, desenvolver um alcance direto à geração mais jovem.
Com base no alerta e nas recomendações de Kirk, o governo está estabelecendo uma equipe de resposta rápida à mídia, que envolverá uma colaboração entre várias agências governamentais, incluindo monitoramento em tempo real de narrativas hostis nas redes sociais, identificação de tendências, formulação de uma resposta apropriada e uso de métodos de ação semelhantes às campanhas digitais na política dos EUA.
Além disso, foi criado um “site de fatos” para servir como um centro único de informações, fornecendo antecedentes, fatos básicos, contexto jurídico e histórico e a estrutura de segurança necessária para compreender Israel e a região em geral. O site servirá como base para uma rede de plataformas digitais voltadas para diferentes públicos: estudantes universitários, Cristãos Evangélicos, liberais Norte-Americanos, comunidades Latinas, Judeus Norte-Americanos, comunidades Afro-Americanas e muito mais.
Espera-se que o site se amplie nos próximos anos para incluir diferentes idiomas, vídeos curtos e depoimentos pessoais. Como parte desse esforço, o governo está trabalhando para capacitar os Israelenses a falarem sobre a situação em Israel com suas próprias vozes, contando suas histórias pessoais. Isso segue a recomendação de Kirk de que o público precisa “ver rostos, ouvir experiências pessoais e sentir humanidade”. Ele alertou que as declarações de Israel de que suas ações eram justificadas não eram convincentes para a geração mais jovem.
Como parte desse esforço, o governo ajudará a fornecer aos influenciadores acesso à produção, edição, tradução e suporte de estúdio, para que suas vozes não apenas sejam ouvidas, mas também soem bem, claras e profissionais.
Esse novo foco também está por trás do apoio dado a ex-reféns e vítimas da Guerra de Gaza para visitar os Estados Unidos, encontrar os Norte-Americanos cara a cara, ser entrevistados pela mídia e ser vistos e ouvidos pelo público Norte-Americano.
Essa nova estratégia também explica a escolha de um novo porta-voz, Shosh Bedrosian, dando uma voz central para as mensagens da mídia estrangeira, em vez de ter vários porta-vozes para o Gabinete do Primeiro-Ministro, as Forças de Defesa de Israel, o Ministério das Relações Exteriores e a Assessoria de Imprensa do Governo. A escolha de uma única voz ajuda a simplificar e unificar as mensagens do governo.
