JERUSALÉM, ISRAEL - É altamente improvável que o Hamas possa usar o cessar-fogo de 42 dias, que acabou de ser negociado, para se reagrupar efetivamente e se tornar uma nova e séria ameaça a Israel, porque eles fizeram “concessões sérias” nesse acordo.
Essa é a avaliação de um grupo de especialistas em Oriente Médio e analistas militares do American Enterprise Institute, um “think tank” com sede em Washington.
Depois de estudar o acordo, o “Projeto de Ameaças Críticas” do AEI emitiu os seguintes dez pontos na noite de quinta-feira.
O acordo de cessar-fogo em Gaza, que o gabinete Israelense votará para ser aprovado amanhã, demonstra que o Hamas ofereceu a Israel várias concessões sérias.
O acordo de cessar-fogo não garante o fim da guerra. A primeira fase, curta, de 42 dias, proíbe o sobrevoo de reconhecimento Israelense sobre a Faixa, mas isso não daria ao Hamas uma vantagem militar séria no momento.
O Hamas não pode aproveitar essa proibição de sobrevoo porque suas forças militares estão destruídas como uma organização de combate séria. O Hamas provavelmente usará a primeira fase para reorganizar suas forças e mover células pela Faixa de Gaza sem a observação aérea israelense.
Entretanto, o Hamas só conseguirá uma reorganização limitada e não conseguirá se regenerar durante esse período.
As operações das IDF destruíram a organização militar do Hamas na Faixa de Gaza, danificando-a de tal forma que ela não poderá ser utilizada sem ser completamente reconstruída.
O Hamas pode executar tarefas de reorganização limitadas, talvez até mesmo incluindo esforços para organizar células isoladas, sob alguma aparência de hierarquia militar.
As tarefas de regeneração que criariam unidades militares verdadeiras e coesas, dentro de uma organização de combate, levariam meses sem interferência Israelense para serem concluídas.
A regeneração exige a substituição em grande escala de pessoal, equipamentos e suprimentos. A substituição de pessoal para um nível de capacidade requer treinamento, o que não é possível sem refúgio e um período maior que 42 dias.
A regeneração e a reorganização limitadas e inadequadas que o Hamas pode ser capaz de realizar serão, quase certamente, totalmente insuficientes para impedir seriamente que a IDF cumpra qualquer missão tática que deva ser realizada, como a reocupação do Corredor de Netzarim, caso o cessar-fogo seja interrompido.
Os combates poderão ser retomados se as negociações para a segunda fase do cessar-fogo fracassarem.