Interceptação de um ataque com mísseis Iranianos contra Israel, visto no norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano, em 16 de junho de 2025. Foto de Ayal Margolin/Flash90
Após oito Israelenses terem sido mortos em ataques com mísseis Iranianos durante a madrugada (domingo para segunda-feira), as Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram na segunda-feira algumas das primeiras estatísticas sobre a eficácia de seus sistemas de defesa aérea na guerra em curso contra o Irã, denominada “Operação Leão Ascendente”.
Quatro pessoas foram mortas em Petah Tikvah no bombardeio com mísseis balísticos por volta das 4h da manhã de segunda-feira, quando o míssil atingiu diretamente a sala de segurança do prédio residencial.
Os mísseis balísticos lançados pelo Irã têm ogivas grandes, de cerca de 400 a 1.000 kg, e atingem com um alto nível de energia cinética.
As salas de segurança dentro da maioria das casas Israelenses mais novas não são capazes de resistir a um impacto direto de uma ogiva tão grande, no entanto, podem proteger seus ocupantes no caso de um ataque próximo a elas.
O Comando da Frente Interna do Exército informou que todas as mortes nos ataques com mísseis balísticos, exceto as duas em Petah Tikvah, envolveram indivíduos que não estavam em salas de segurança.
No incidente em Petah Tikvah, o Comando da Frente Interna observou que os ocupantes das salas de segurança nos andares diretamente acima e abaixo do local do impacto do míssil estavam seguros.
Os outros dois que morreram no ataque com mísseis em Petah Tikvah estavam fora de seus abrigos, um no andar acima do local do impacto do míssil e o outro no prédio ao lado do prédio atingido. Este último morreu devido à onda de choque da explosão.
Um homem de 80 anos morreu em Bnei Brak, após a queda de um míssil no local. Equipes de emergência recuperaram os corpos de três pessoas que morreram no impacto de um míssil na área da Baía de Haifa.
De acordo com os últimos dados das Forças de Defesa de Israel, os sistemas combinados de defesa aérea tiveram uma eficácia entre 80% e 90% na interceptação de mísseis balísticos Iranianos nos últimos dias.
Os militares afirmaram que mais de 370 lançamentos de mísseis balísticos do Irã foram relatados desde o início da Operação Leão Ascendente, enquanto 30 locais de impacto de mísseis foram identificados.
Embora alguns impactos de mísseis tenham ocorrido em áreas abertas – onde não há tentativa de interceptação –, a maioria atingiu zonas próximas ou dentro de áreas populosas, já que as forças armadas Iranianas têm como alvo específico quartéis-generais militares e da Mossad em Tel Aviv, bem como infraestruturas energéticas essenciais na região da Baía de Haifa.
Até a manhã de segunda-feira, 24 pessoas foram confirmadas mortas nos ataques, com as IDF informando que apenas duas das vítimas estavam dentro de uma sala protegida no momento.
O Comando da Frente Interna das IDF afirmou que as salas de segurança são o local mais seguro para se estar durante ataques com mísseis balísticos. A autoridade militar disse que as salas de segurança mais novas são superiores aos abrigos antiaéreos públicos, embora tenha afirmado que os abrigos subterrâneos mais antigos ainda são seguros. Muitas vidas foram salvas nos recentes ataques Iranianos porque os ocupantes entraram nas suas salas de segurança quando foram alertados, afirmou a autoridade.
As IDF também afirmaram que, embora tentem alertar com antecedência em caso de cada ataque Iraniano, ocorreram várias falhas técnicas que impediram a distribuição de vários avisos de alerta.
O oficial do Comando da Frente Interna, Brigadeiro-General Liron Donnell, disse ao Ynet News que, apesar das falhas, as sirenes de alerta de ataque aéreo, que avisam cerca de um minuto e meio antes da chegada dos mísseis, funcionaram corretamente nos ataques a Petah Tikvah.
“Na medida do possível, pedimos aos cidadãos que permaneçam em um abrigo protegido e funcional quando o alarme soar. Isso salva vidas”, disse Donnell. “Pelo que soubemos dos locais dos ataques, as pessoas que estavam nos abrigos não ficaram feridas.”
Ela reiterou: “O comportamento civil salva vidas e reduz drasticamente o número de vítimas na frente interna. Mesmo olhando para os locais de destruição recentes, vemos claramente: aqueles que estavam nos abrigos foram salvos.”
De acordo com os últimos dados militares, 592 Israelenses ficaram feridos desde o início da operação contra o Irã: 10 estão em estado grave, 36 em estado moderado e 546 sofreram ferimentos leves.
