O Embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, dá uma entrevista coletiva na Embaixada dos EUA em Jerusalém, em 9 de maio de 2025. Foto de Oren Ben Hakoon/Flash90
O Embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, disse à Bloomberg que seu governo não vê espaço para um estado Palestino no momento.
Huckabee disse à Bloomberg que o apoio dos EUA a um estado Palestino no clima atual esfriou.
“A menos que aconteçam coisas significativas que mudem a cultura, não há espaço para isso”, disse Huckabee à agência de notícias em uma entrevista em Jerusalém.
O embaixador Cristão Evangélico, e apoiador de longa data a Israel, também sugeriu que um estado Palestino poderia ser formado em algum lugar fora do território sob controle Israelense.
O entrevistador da Bloomberg pressionou-o por detalhes, perguntando: “Você está sugerindo que em algum lugar fora da área da Palestina Mandatória, poderia ser na Arábia Saudita ou algo assim?” A referência à Arábia Saudita veio de uma declaração do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu no início deste ano, quando ele brincou que a Arábia Saudita era livre para estabelecer um estado Palestino dentro de seu próprio território.
Huckabee respondeu: “Só estou dizendo que acho que todas as opções devem e podem ser consideradas”.
A pergunta foi feita em resposta a uma declaração de Huckabee questionando a capacidade de qualquer entidade declarar a geografia “exata” de um estado Palestino.
“Não acredito que alguém possa dizer ‘é impossível, isso nunca vai acontecer’ — mas se alguém quiser declarar que esta é a faixa geográfica exata que será o futuro estado Palestino, é aí que surge a complicação”, afirmou Huckabee no início da entrevista.
O Embaixador dos EUA também destacou a disparidade de tamanho entre o pequeno território controlado pelo estado Judaico e o vasto território controlado por nações Muçulmanas.
“Israel tem uma pequena e estreita faixa de território real”, observou Huckabee. “Os países controlados por Muçulmanos têm 644 vezes mais terra do que Israel. Então, quando as pessoas dizem ‘Israel tem que ceder algo’, você fica meio confuso e pensa: ‘ok, deixe-me ver se entendi’”.
Enquanto isso, o Israel Hayom informou na quarta-feira que, após pressão do Presidente Donald Trump, a França decidiu que o reconhecimento unilateral de um estado Palestino não faria parte da declaração final da próxima conferência da ONU em Nova Iorque, sobre um estado Palestino.
O site de notícias disse que uma assessora sênior do Presidente Francês Emmanuel Macron apresentou os objetivos da conferência a funcionários do Ministério das Relações Exteriores em Jerusalém, onde ela afirmou que a conferência tinha, na verdade, o objetivo de ajudar Israel, promovendo os interesses Israelenses.
Isso incluiria a exigência de que o Hamas fosse excluído de qualquer governo de um estado Palestino, um compromisso da Autoridade Palestina de interromper seu programa de “pagamento por assassinato” e a remoção da incitação contra os Judeus dos currículos escolares.
A reportagem do Israel Hayom disse que, nos últimos dias, o governo do Presidente Trump transmitiu repetidamente sua oposição ao reconhecimento unilateral de um estado Palestino pela França na próxima conferência da ONU. Afirmou que funcionários do governo disseram ao governo Francês que Trump consideraria tal medida um “insulto pessoal”.
A França copresidirá a “Conferência Internacional de Alto Nível para a Resolução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados” com a Arábia Saudita na ONU na próxima semana. Esperava-se que a conferência resultasse no reconhecimento da França de um estado Palestino.
O Jewish Insider citou uma fonte diplomática Francesa afirmando que a França está “determinada a reconhecer o estado da Palestina para criar as condições para a existência desse Estado... Nosso objetivo para esta conferência vai além da questão do reconhecimento. Trata-se, na verdade, de recriar um consenso internacional em torno da solução de dois estados, que permita uma resolução duradoura do conflito”.
A reportagem do Israel Hayom surge no contexto de uma recomendação do Ministério do Interior da França para que o país reconheça formalmente um estado Palestino, a fim de “apaziguar” os eleitores Muçulmanos e acalmar as tensões internas.
O próprio Huckabee já havia criticado anteriormente a pressão da França por uma solução de dois estados durante a atual guerra em Gaza. Ele recomendou que, se a França estava tão preocupada com um estado Palestino, poderia criar um na “Riviera Francesa”.
“É extremamente inadequado, no meio de uma guerra com a qual Israel está lidando, sair apresentando algo a que os Israelenses se opõem firmemente”, disse ele à Fox News em uma entrevista na semana passada.
“Se a França está realmente tão determinada a ver um estado Palestino, tenho uma sugestão para eles: separem um pedaço da Riviera Francesa e criem um estado Palestino.
